Hassan Yussef, 65, um dos fundadores do grupo palestino Hamas, foi solto por Israel nesta quinta-feira (23), após 16 meses em detenção administrativa, sem ter recebido acusações.
"Meu pai foi libertado da prisão israelense de Ofer e agora está em casa e com boa saúde", afirmou Owais, filho de Hassan. A detenção administrativa é um dispositivo usado por Israel para prender palestinos sem acusá-los ou processá-los.
Hassan foi detido em sua casa, em Ramallah, em abril de 2019, e deveria permanecer sob custódia por seis meses, mas sua saída foi prorrogada duas vezes, por seis e quatro meses.
Ele já havia sido preso administrativamente em 2018, quando passou dez meses na prisão.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, é considerado um grupo terrorista por Israel e pelos EUA.
No início do ano, o presidente americano, Donald Trump, e o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, apresentaram um plano para tentar solucionar os conflitos entre israelenses e palestinos.
Mas o projeto, elaborado à revelia dos grupos palestinos, beneficiava israelenses com a desmilitarização da Palestina e com a anexação dos assentamentos de Israel na Cisjordânia ocupada, um território palestino a 50 quilômetros de Gaza.
O projeto foi descartado pela Autoridade Nacional Palestina, que controla a Cisjordânia, e o Hamas declarou que considerava a anexação uma "declaração de guerra". Diante de grande pressão internacional, o plano, que deveria ter sido executado no início de julho, foi adiado.
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