Bolsonaro convida Temer para chefiar missão do Brasil de ajuda ao Líbano

Avião da FAB com medicamentos deve partir nos próximos dias; país também enviará arroz e equipe técnica a Beirute

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste domingo (9) que um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) com ajuda humanitária para o Líbano deve partir nos próximos dias e que convidou o ex-presidente Michel Temer para chefiar a missão brasileira de ajuda ao país, cuja capital, Beirute, foi parcialmente destruída por uma forte explosão na terça (4).

O incidente na zona portuária da cidade matou ao menos 158 pessoas e feriu cerca de 6.000, numa tragédia que desatou uma onda de protestos no Líbano. Mais de 60 pessoas continuam desaparecidas, enquanto a esperança de encontrar sobreviventes diminui. Além disso, há 300 mil desabrigados.

"Neste momento difícil, o Brasil não foge de sua responsabilidade", disse Bolsonaro, que transmitiu nas redes sociais o encontro virtual de chefes de Estado para coordenar o auxílio internacional ao Líbano.

Jair Bolsonaro em videoconferência internacional de apoio a Beirute e ao povo Libanês - Jair Messias Bolsonaro no Facebook

Ele revelou o convite feito a Temer ao listar aos participantes da videoconferência a ajuda que seria disponibilizada pelo governo brasileiro. "Convidei como meu enviado especial e chefe dessa missão o senhor Michel Temer, filho de libaneses e ex-presidente do Brasil", declarou.

Em nota, Temer se disse honrado com o convite. "Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa", afirmou o ex-presidente.

A reunião de governantes foi organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pelo presidente da França, Emmanuel Macron, que tem liderado os esforços internacionais de socorro ao Líbano. Entre os participantes, estavam o presidente Donald Trump, dos EUA, e líderes da Jordânia, Egito e Qatar.

Bolsonaro destacou que o Brasil é lar da maior diáspora libanesa do mundo —com 10 milhões de brasileiros com origens naquele país— e detalhou a ajuda que será enviada pelo governo.

De acordo com ele, o avião militar que deve partir nos próximos dias levará medicamentos e insumos básicos de saúde reunidos pela comunidade de origem libanesa no Brasil.

Na semana passada, ao ligar para o embaixador do Líbano no Brasil, Joseph Sayah, Bolsonaro informou o diplomata que a aeronave tem capacidade para transportar de 20 a 22 toneladas.

O Brasil enviará ainda, disse Bolsonaro neste domingo, 4.000 toneladas de arroz por via marítima, com o objetivo de atenuar a perda de estoques de cereais ocasionada pela explosão no porto de Beirute.

"Estamos acertando com o governo libanês o envio de uma equipe técnica multidisciplinar para colaborar na realização da perícia da explosão", afirmou Bolsonaro. "Tudo o que afeta o Líbano nos afeta como se fosse nosso próprio lar e a nossa própria pátria."

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