A Itália inaugurou nesta segunda-feira (3) a nova ponte de Gênova, dois anos depois de a antiga ter desabado, numa tragédia que deixou 43 mortos.
A cerimônia não contou com a presença de familiares das vítimas, que a consideram inadequada.
"Não assistiremos à inauguração, não queremos que a tragédia termine em um carnaval", disse Egle Possetti, representante dos familiares das vítimas. Ele perdeu a irmã, o cunhado e dois sobrinhos.
Aviões da patrulha acrobática da aeronáutica espalharam fumaça com as cores da bandeira italiana e sobrevoaram a construção no momento em que o premiê Giuseppe Conte cortou a faixa inaugural.
A ponte foi construída por várias empresas italianas e consiste em uma estrutura branca com um formato que lembra a parte inferior de um barco, uma homenagem à história marítima de Gênova.
Em 14 de agosto de 2018, sob uma chuva forte, a ponte Morandi, um dos eixos essenciais para o comércio com a Europa e para viagens turísticas, desabou, arrastando dezenas de veículos.
A tragédia resultou em uma dura batalha judicial —ainda em andamento—, na qual as famílias acusam principalmente a empresa de manutenção, uma subsidiária do grupo Atlantia, de propriedade da família Benetton, a maior concessionária de rodovias da Itália, de ser responsável pela tragédia.
A investigação preliminar deve ser concluída em outubro, e o julgamento está previsto para começar no início do ano que vem, afirmou o representante dos familiares das vítimas.
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