O Senado dos Estados Unidos aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (6) um projeto de lei do republicano Josh Hawley que proíbe funcionários federais de usarem o aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok em dispositivos cedidos pelo governo.
A decisão ocorre em meio a ameaças da Casa Branca de vetar a empresa de atuar no país.
O aplicativo foi criticado por parlamentares e pelo governo Trump, que alegam questões de segurança nacional devido ao fato de ele ser controlado pela companhia chinesa ByteDance —uma lei de 2017 obriga as empresas da China a cooperar com o trabalho de inteligência nacional de Pequim.
A companhia tem até 15 de setembro para vender suas operações nos EUA ou ser banida do país. A Microsoft negocia a aquisição das operações da firma do país asiático.
"Estou encorajado pelo apoio bipartidário que tivemos para responsabilizar o Partido Comunista Chinês e isso inclui [...] responsabilizar as empresas que apenas aceitam as exigências da China", disse Hawley em comunicado. "Não vamos parar por aqui."
No mês passado, a Câmara dos Representantes aprovou um projeto do deputado Ken Buck, também do Partido Republicano, com o mesmo teor.
Na quarta, a companhia anunciou que está trabalhando com especialistas do Departamento de Segurança Nacional dos EUA para "proteger [a rede social] contra influência estrangeira" e promover checagem de publicações que potencialmente contenham desinformação sobre as eleições presidenciais de novembro.
A empresa tem ganhado papel cada vez maior como uma plataforma para ativismo e discurso político.
Um grupo de usuários afirmou recentemente que ajudou a inflar as estimativas de público do comício do presidente Donald Trump em Tulsa, no estado do Oklahoma, em junho, que acabou esvaziado.
Segundo o TikTok, em 2018, cerca de 60% de seus 26,5 milhões de usuários ativos mensais estavam nos EUA, a maioria dos quais com idades entre 16 e 24 anos.
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