Estrategista responsável pela campanha presidencial de Donald Trump em 2016, Steve Bannon foi preso nesta quinta (20) por autoridades americanas.
Bannon foi acusado de fraude em uma campanha de financiamento coletivo que buscava auxiliar a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México, uma promessa de Trump.
Além de Bannon, veja outros casos de pessoas ligadas a Trump que foram presas nos últimos anos.
Roger Stone
Amigo e conselheiro de Trump há décadas, o lobista foi condenado por falso testemunho durante depoimento ao Congresso sobre a interferência da Rússia nas eleições presidenciais dos EUA em 2016.
Em novembro de 2019, Stone foi condenado a três anos de prisão. Um dia antes do início do cumprimento da sentença, o presidente americano eliminou a pena por decreto.
Paul Manafort
O chefe da campanha de Trump em 2016 foi acusado de tentar ocultar milhões de dólares que recebeu como consultor para políticos ucranianos favoráveis à Rússia.
Foi condenado em 2018 a sete anos e meio de prisão por fraude fiscal e bancária, lavagem de dinheiro, prática de lobby ilegal e corrupção de testemunha. Em 2019, nova condenação: 73 meses de prisão por conspiração. Em maio, foi colocado em prisão domiciliar devido à pandemia de coronavírus.
Michael Cohen
Advogado pessoal do então candidato à Presidência, Cohen se declarou culpado de pagar propina a mulheres com quem Trump teve relações sexuais quando já era casado com Melania.
O advogado pagou US$ 130 mil (R$ 728 mil) à atriz pornô Stormy Daniels e US$ 150 mil (R$ 840 mil) à modelo Karen McDougal para que elas não falassem, durante a campanha, sobre os encontros.
Cohen foi condenado a três anos de prisão que, no momento, cumpre em casa. O advogado também diz que Trump insinuou que ele deveria mentir ao Congresso. O republicano nega.
Michael Flynn
Primeiro membro do governo Trump a renunciar —o ex-militar foi conselheiro de segurança nacional por menos de um mês em 2017—, Flynn se declarou culpado de mentir ao FBI, a polícia federal americana, a respeito de conversas que teve com o embaixador da Rússia antes de ser empossado.
O ex-militar voltou atrás na declaração e diz ter sido perseguido pelo FBI. O caso ainda será julgado na segunda instância. Flynn aguarda em liberdade.
Recentemente, o ex-militar postou um vídeo no qual anuncia que se tornou um membro da teoria da conspiração QAnon, que alega que Trump luta contra um “estado profundo” de pedófilos e satanistas. Flynn é considerado um mártir pelos seguidores da conspiração.
Rick Gates
Outro membro da campanha presidencial de Trump, Gates se declarou culpado de conspirar contra os Estados Unidos e de mentir para investigadores. O lobista testemunhou contra Paul Manafort e Roger Stone em troca de redução de pena. Foi condenado em dezembro de 2019 e passou 45 dias preso.
George Nader
O empresário libanês-americano foi conselheiro de Trump em questões de política externa e teve várias condenações ao longo da vida por pedofilia. Ele testemunhou durante a investigação do procurador especial Robert Mueller a respeito de interferência russa na campanha presidencial de Trump.
Em 2019, Nader foi condenado a dez anos de prisão por trazer um adolescente de 14 anos da República Tcheca para os EUA em 2000 com o intuito de fazer sexo, além de posse de pornografia infantil.
George Papadopoulos
Também membro da campanha de Trump, Papadopoulos foi condenado por mentir para o FBI a respeito de contatos com autoridades russas e com um homem de Malta que dizia que os russos poderiam incriminar Hillary Clinton, adversária de Trump. O analista político passou 14 dias na prisão em 2018.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.