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Boris Johnson quer fechar pubs em Liverpool como parte de novo sistema de restrições

Medida deve afetar áreas classificadas com nível de alerta muito alto; bares que servem refeições poderão permanecer abertos

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Liverpool | AFP e Reuters

Diante da alta de casos de coronavírus, o premiê britânico, Boris Johnson, apresentou nesta segunda (12) um novo sistema de restrições que classifica a Inglaterra em três níveis de alerta: médio, alto e muito alto.

Somente a região de Merseyside, no noroeste do país, onde fica a cidade de Liverpool, recebeu o nível mais alto —que prevê o fechamento de pubs e restaurantes, centros de lazer, cassinos e lojas de apostas.

Televisão em um pub de Liverpool, na Inglaterra, exibe anúncio do primeiro-ministro Boris Johnson sobre restrições devido à Covid-19
Televisão em um pub de Liverpool, na Inglaterra, exibe anúncio do primeiro-ministro Boris Johnson sobre restrições devido à Covid-19 - Paul Ellis/AFP

No novo sistema apresentado por Boris, que será votado nesta terça (13) e pode valer a partir de quarta (14), o primeiro nível corresponde a medidas válidas para toda Inglaterra: confraternizações limitadas a seis pessoas e fechamento às 22h de bares e restaurantes.

No nível alto, em áreas atualmente sob restrições locais, reuniões entre diferentes famílias serão proibidas em ambientes fechados. Em regiões classificadas com nível muito alto, outras medidas adicionais podem ser aplicadas com o apoio das autoridades locais e, se necessário, do Exército.

Sob as novas restrições, no entanto, os pubs que servem almoço ou refeições à noite poderão permanecer abertos, mas só poderão servir bebidas alcoólicas como parte da refeição.

Com mais de 42 mil mortes e quase 618 mil casos positivos, o Reino Unido enfrenta uma nova onda de contágios, que afeta todo o território e diferentes idades.

Na tentativa de evitar um confinamento geral, o governo decretou restrições que afetam em torno de 25% da população britânica, especialmente no norte. Mas enquanto a Inglaterra tenta se adaptar às novas regras, o setor de hospitalidade diz que está sendo duramente atingido e que cogita uma ação legal sobre o fechamento, afirmando que o governo não apresentou evidências que justificassem a ação.

Na sexta-feira (9), o governo anunciou novas medidas de assistência ao emprego destinadas a empresas que serão forçadas a permanecer fechadas por causa das restrições de combate à pandemia.

"Sei que é difícil, mas não podemos deixar o serviço de saúde na mão quando há vidas em risco", afirmou o premiê. "Não é assim que queremos viver, mas é o caminho estreito que devemos percorrer entre o dano socioeconômico de um confinamento total e o custo econômico de uma epidemia descontrolada."

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