Descrição de chapéu Venezuela

Juan Guaidó denuncia desaparecimento de jornalista na Venezuela

Paradeiro de outros dois apoiadores do líder opositor também é desconhecido

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Caracas | AFP

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, denunciou o desaparecimento de um jornalista e de duas outras pessoas desde que o opositor Leopoldo López deixou o país, depois de passar 18 meses morando na embaixada da Espanha em Caracas.

"O jornalista Roland Carreño, junto com Yeferson Sarcos e Elías Rodríguez, está desaparecido há mais de 12 horas", escreveu Guaidó em uma rede social nesta terça-feira (27).

A Associação Nacional de Jornalistas (CNP), por sua vez, afirmou que Carreño está preso na sede do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (Sebin), no edifício Helicoide, em Caracas. Nenhuma autoridade do regime venezuelano confirma a prisão.

Ativistas da oposição estão "desaparecidos desde segunda-feira", alertou Alfredo Romero, diretor da ONG de defesa de direitos humanos Foro Penal, que contabilizou 359 presos políticos no país até o momento. Sarcos e Rodríguez são membros do partido de Guaidó e López, o Vontade Popular.

Leopoldo López fala durante sua primeira entrevista coletiva em Madri após deixar a Venezuela
Leopoldo López fala durante sua primeira entrevista coletiva em Madri após deixar a Venezuela - Oscar del Pozo/AFP

A assessoria de imprensa de Guaidó informou que "pessoas próximas informaram que Carreño, junto aos dois colegas, foram abordados" por indivíduos desconhecidos em "veículos pretos sem identificação".

Os desaparecimentos acontecem depois que López, ex-prefeito do município de Chacao, deixou a Venezuela após passar meses refugiado na embaixada espanhola em Caracas.

Em 2015, López foi condenado por incitação à violência em protestos realizados um ano antes contra o regime de Nicolás Maduro. Os atos deixaram 43 mortos e cerca de 3.000 feridos. Ele recebeu uma pena de quase 14 anos de prisão, mas, em 2017, foi autorizado a cumprir o restante dela em prisão domiciliar.

Em 30 de abril de 2019, o opositor foi libertado e participou de uma tentativa de levante militar contra Maduro, apoiado por Guaidó. ​Durante uma entrevista coletiva em Madri, nesta terça-feira (27), López afirmou que nas últimas horas pessoas muito próximas a ele "desapareceram por causa da ditadura".

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