Milhares de mulheres foram às ruas em Washington e em outras cidades dos Estados Unidos neste sábado (17) para protestar contra o presidente Donald Trump e a decisão de indicar um nome para a Suprema Corte americana antes da eleição presidencial de 3 de novembro.
As manifestações foram inspiradas na primeira Marcha das Mulheres, uma mobilização anti-Trump realizada em Washington depois de o republicano assumir a Presidência, em 2017.
Mais de 100 mil pessoas participaram de cerca de 430 atos em cidades como Nova York e Los Angeles, segundo a organização. Participantes que não estiveram presentes devido à Covid-19 tinham a opção de aderir a uma iniciativa virtual, que pretende enviar cinco milhões de mensagens de incentivo ao voto.
Durante as marchas, manifestantes também fizeram homenagens à Ruth Bader Ginsburg, juíza da Suprema Corte americana que foi um ícone progressista. Ela morreu dia 18 de setembro, aos 87 anos.
Muitas estavam vestidas ao estilo de Ginsburg, imitando o seu traje como juíza, enquanto outras usavam os chapéus vermelhos que fazem referência ao livro "O Conto da Aia", de Margaret Atwood, que retrata um futuro totalitário em que as mulheres são subjugadas e servem apenas para procriar.
As ativistas também carregavam cartazes contra Trump e o vice, Mike Pence, e condenavam a tentativa do Partido Republicano de confirmar a indicação da juíza Amy Coney Barrett à Suprema Corte dos Estados Unidos poucos dias antes da eleição presidencial.
A votação final que deverá selar a nomeação de Barrett está prevista para acontecer na quinta (22). Um outro protesto menor também aconteceu em Washington, em frente ao prédio do tribunal máximo do país, mas a favor da magistrada, com faixas "estou com ela".
A marcha feminista acontece em meio a um clima acirrado de disputa à Presidência dos Estados Unidos. O canditado do Partido Democrata, Joe Biden, abriu vantagem em relação a Trump em pesquisas nacionais e em estados considerados chave, como Michigan e Pensilvânia.
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