Um levantamento da Cornell Alliance for Science, organização ligada à Universidade Cornell, nos Estados Unidos, apontou o presidente Donald Trump como o maior impulsionador de desinformação em torno da Covid-19.
Referências a ele apareceram em 37,9% do que a Alliance identificou, no jornalismo mundial em língua inglesa, de 1º de janeiro a 26 de maio, como material vinculado a notícia falsa ou fraudulenta sobre a doença.
De 38 milhões de artigos analisados, o estudo apontou 1,1 milhão, perto de 3%, como tendo "disseminado, amplificado ou reportado" desinformação —aí incluídos 16,4% de verificação, ou seja, questionamento da desinformação.
O material foi subdividido em 11 tópicos, de "dr. Anthony Fauci", com acusações ao cientista americano, a "laboratório de Wuhan/arma biológica", tratando o coronavírus como uma criação chinesa.
A maior parte foi identificada como "curas milagrosas", com 26,4%, mais que todos os outros dez somados. E um salto nos registros teria ocorrido depois de Trump sugerir usar desinfetante contra o vírus.
"A mídia desempenha um papel importante na disseminação de desinformação, porque amplifica vozes de pessoas proeminentes, mesmo que elas sejam incorretas", diz a bióloga Sarah Evanega, diretora da Alliance.
"É importante que dê destaque a especialistas genuínos, representantes de instituições científicas", acrescentou.
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