A situação no porto britânico de Dover, onde nos últimos dias formaram-se longas filas de caminhões, foi normalizada e a circulação para Calais (noroeste da França) diminuiu de forma considerável, anunciou neste sábado (26) a direção do porto francês.
"Registramos um trânsito de mil caminhões na quinta-feira (24) procedentes de Dover, 2.200 na sexta-feira (25) e sábado contamos 1.500 até as 18h (14h de Brasília). O trânsito vem diminuindo de forma considerável há algumas horas, pois a situação se normalizou no Reino Unido", informou à AFP Benoît Rochet, vice diretor-geral da empresa que administra os portos franceses de Calais e Boulogne-sur-Mer.
O porto inglês abriu de forma excepcional no dia de Natal, mas só para ferries que levavam veículos de Dover para Calais.
No túnel do Canal da Mancha, mil caminhões cruzaram a fronteira de Folkestone (Inglaterra) para a localidade francesa de Coquelles no sábado às 18h e cerca de 400 fizeram o mesmo no sentido contrário, segundo um porta-voz da Getlink, empresa que administra o túnel.
Milhares de caminhoneiros ficaram bloqueados no sul da Inglaterra depois que a França decidiu fechar suas fronteiras aéreas e terrestres com seu vizinho britânico em 20 de dezembro após o anúncio da descoberta de uma cepa mais contagiosa da Covid-19 no Reino Unido.
Embora o governo francês tenha autorizado o trânsito desde a quarta-feira (23) pela manhã, as autoridades exigem um teste negativo de Covid-19 para cruzar a fronteira a partir do Reino Unido.
A nova variante levou mais de 40 países a bloquearem a entrada de viajantes do território britânico Reino Unido nos últimos dias e instaurou um endurecimento da quarentena em Londres e outras regiões da Inglaterra na véspera do feriado de Natal.
Novos registros foram anunciados entre a sexta-feira (25) e este sábado (26) na França (1 caso), na Espanha (4 casos) e na Suécia (1 caso). A Itália, que já tinha divulgado seus primeiros infectados, identificou mais seis ocorrências.
Também foram confirmados os primeiros casos na Alemanha e no Japão. Antes já tinham sido detectados contágios na Dinamarca, na Holanda e na Austrália.
Não há indícios de que a cepa cause uma versão mais grave da Covid-19.
Segundo o ECDC (European Centre for Disease Prevention and Control), a nova linhagem tem uma transmissibilidade até 70% superior ao que se tem como parâmetros atualmente (entenda aqui o que significa a mutação).
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