Gantz anuncia apoio à dissolução do Parlamento, e Israel pode ter 4ª eleição

Ministro da Defesa integra governo de coalizão negociado com Binyamin Netanyahu

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Jerusalém | AFP

O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, disse nesta terça-feira (1º) que seu partido centrista votará a favor de um projeto de lei da oposição para dissolver o Parlamento —medida que poderia levar à quarta eleição geral em menos de dois anos.

Em um discurso na TV, Gantz antecipou que o Partido Azul e Branco votará, na quarta (2), pela dissolução do Knesset (Parlamento de Israel). A legenda é o parceiro-chave em uma coalizão frágil liderada pelo Likud, de direita e do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

A coalizão surgiu neste ano, depois de três eleições nas quais ninguém conseguiu formar maioria.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu (esq.) e o líder do partido Azul e Branco, Benny Gantz - Arial Schalit -25.jun.2020/AFP

Gantz fez um acordo com Netanyahu para formar um governo de união nacional em que os dois se revezariam na posição de chefe de governo, cada um por um período de 18 meses.

Ex-comandante do Exército, Gantz disse que a recusa de Netanyahu em apoiar uma proposta de orçamento deixou clara a intenção do primeiro-ministro em levar Israel de volta às urnas.

A votação de quarta (2) é preliminar, e a medida exigirá dois votos adicionais no Knesset antes da convocação de uma nova eleição. Pouco antes do discurso de Gantz, o primeiro-ministro postou um vídeo no Twitter incentivando seu parceiro a votar contra a iniciativa de dissolução do Parlamento. "Agora não é hora de eleições. Agora é hora de unidade", disse Netanyahu.

O governo de coalizão tinha como objetivo, em parte, dar estabilidade a Israel após a pior crise política de sua história em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o pacto, Netanyahu atuaria como primeiro-ministro durante a primeira metade do acordo de três anos, com Gantz assumindo a posição em novembro de 2021.

O acordo incluía várias cláusulas que teriam causado o colapso automático da aliança, incluindo a incapacidade de aprovar um orçamento.

Os críticos de Netanyahu o acusam de se recusar a aprovar um orçamento de dois anos como uma tática para garantir que ele não seja forçado a entregar o cargo de primeiro-ministro a Gantz.

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