Quatro manifestantes são esfaqueados e um baleado em protesto pró-Trump

Grupos fazem ato contra suposta fraude nas eleições mais uma vez, mas não apresentam evidências

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Washington | AFP e Reuters

Uma multidão usando bonés vermelhos com o slogan "Make America Great Again" (faça a América grande outra vez) protestou no sábado (12), em Washington, capital dos EUA, pedindo "mais quatro anos" de mandato para o presidente Donald Trump.

Quatro manifestantes foram esfaqueados durante o ato. A escalada dos protestos ocorreu na noite de sábado, após confronto no centro de Washington entre o grupo pró-Trump Proud Boys e ativistas do movimento de esquerda Antifa. A polícia interveio com uso de spray de pimenta.

Na cidade de Olímpia, capital do estado de Washington, uma pessoa foi baleada. A patrulha estadual mantém sob custódia duas pessoas supostamente envolvidas no episódio, segundo o New York Times.

Manifestante borrifa spray em apoiador de Trump durante confronto na cidade de Olímpia, em Washington
Manifestante borrifa spray em apoiador de Trump durante confronto na cidade de Olímpia, em Washington - David Ryder/Getty Images/AFP

Milhares de pessoas se reuniram no Freedom Plaza, não muito longe da Casa Branca, alegando mais uma vez fraude nas eleições —e sem apresentar evidências. Grupos conservadores também realizaram protestos na Geórgia, na Pensilvânia, em Michigan, em Wisconsin, em Nevada e no Arizona, onde a campanha de Trump questionou a contagem de votos.

Alguns manifestantes ecoaram teorias de conspiração sobre a eleição, mencionando motivos como interferência estrangeira e um software eleitoral que teria apagado milhões de votos destinados a Trump para explicar a derrota que o republicano sofreu nas urnas.

“O povo americano é vítima de uma grande injustiça”, disse Dell Quick, um participante de atos em favor do presidente em fim de mandato, para quem a eleição de Biden parece “impossível”. “Não vamos ceder”, promete Luke Wilson, 60, de Idaho, agitando uma bandeira em defesa do direito ao porte de armas.

"Uau! Milhares de pessoas estão se reunindo em Washington para evitar que nossas eleições sejam roubadas", escreveu Trump no Twitter, no sábado.

Os membros da fraternidade Proud Boys, que se envolveram em confronto na noite de sábado, são conhecidos pelas roupas amarelas e pretas e pelo uso de coletes à prova de balas. Criado em 2016 por Gavin McInnes, co-fundador do conglomerado Vice Media, os Proud Boys chamaram a atenção ao fazerem uso da violência contra manifestantes antirracismo, ainda que neguem ser racistas.

Comícios anti-Trump, com menor participação, também foram organizados na capital, um deles no Black Lives Matter Plaza, perto da Casa Branca, onde milhares de pessoas se reuniram no início de novembro para celebrar o triunfo do presidente eleito Joe Biden.

Na sexta (11), a Suprema Corte dos Estados Unidos encerrou um processo movido pelo Texas, com apoio do presidente Donald Trump, para desconsiderar os resultados da eleição em quatro estados —Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, todos vencidos por Joe Biden.

Mais de 50 decisões de tribunais federais e estaduais confirmaram a vitória do democrata Joe Biden sobre Trump, e o Colégio Eleitoral validará na segunda-feira (14) o novo posto do democrata, cuja posse está marcada para o dia 20 de janeiro.

Manifestantes pró-Trump seguram cartazes em apoio ao republicano
Manifestantes pró-Trump seguram cartazes em apoio ao republicano - Jonathan Ernst/Reuters
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.