Manifestantes voltam às ruas contra ditador da Belarus, e 35 pessoas são detidas

Aleksandr Lukachenko está no poder desde 1994 e se recusa a sair do cargo

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Minsk | AFP

Manifestantes voltaram às ruas em várias cidades da Belarus neste domingo (6) para pedir a saída do ditador Aleksandr Lukachenko. O grupo se organizou em pequenos comícios espalhados por diferentes bairros, assim como no último domingo (29), quando houve cerca de 30 concentrações.

"Em Minsk e outras cidades, os manifestantes estão se reunindo, apesar de ter havido algumas prisões absolutamente aleatórias", comentou a rede Nexta Live, que ajuda a coordenar as manifestações.

Segundo a ONG Viasna, ao menos 35 pessoas foram presas, a maioria na capital. Dois jornalistas bielorrussos também foram detidos em Grodno, no oeste do país, perto da fronteira com a Polônia e a Lituânia.

De manhã, canhões de água e outros equipamentos das forças de segurança foram colocados no centro de Minsk, e a conexão de redes de comunicação, como o Telegram, que os manifestantes usam para coordenar as ações, foi interrompida no país. O acesso às principais praças, estações de metrô no centro de Minsk e a prédios do governo também foi bloqueado.

"Cada marcha é um lembrete de que os bielorrussos não se renderão. Não permitiremos que nos privem de nossos direitos e fechem os nossos olhos para os crimes", afirmou a líder da oposição, Svetlana Tikhanovskaia, exilada em Vilna, capital da Lituânia.

Os opositores organizaram manifestações semanais com até 100 mil participantes, mas a mobilização diminuiu nas últimas semanas, após ser fortemente reprimida, com milhares de prisões.

A oposição bielorrussa exige a renúncia de Lukachenko há quase quatro meses, oficialmente reeleito para um sexto mandato em 9 de agosto, apesar das acusações de fraude massiva.

Com o apoio de Moscou, Lukachenko, 66, que está no poder desde 1994, recusa-se a deixar o cargo e, na tentativa de conter os protestos, apenas mencionou de forma vaga reformas constitucionais.

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