Manifestações contra as medidas impostas pelo governo alemão para conter a expansão do coronavírus foram canceladas pela Justiça em cidades da Alemanha neste sábado (12).
Em Dresden, policiais checavam quem desembarcava de trens com destino à manifestação, e em Frankfurt centenas de oficiais de segurança, incluindo alguns a cavalo, tentavam impedir um protesto na região central da cidade.
Em paralelo, a chanceler alemã, Angela Merkel, discutirá com os líderes estaduais no domingo (13) o aumento das restrições para conter um aumento nas infecções por coronavírus, o que pode abranger o possível fechamento de escolas e do comércio antes do feriado do Natal.
"Devemos tomar medidas nos próximos dias que são de muito longo alcance e muito contundentes", disse o ministro das Finanças, Olaf Scholz, a membros de seu partido social-democrata em um evento online.
O ministro da Economia, Peter Altmaier, disse ao grupo do jornal RND no sábado que as unidades de terapia intensiva de hospitais estavam começando a ficar lotadas e que a Alemanha não podia esperar até depois do Natal para reagir. "Temos que esclarecer como as coisas continuarão agora", disse ele. "Caso contrário, a pandemia ficará completamente fora de controle."
A Alemanha está em um lockdown parcial há seis semanas, com bares e restaurantes fechados. Algumas regiões já impuseram medidas mais duras.
A maior economia da Europa foi mais bem sucedida que outros países europeus em manter a pandemia sob controle na primeira onda, em março e abril, mas tem se esforçado para virar a maré na nova alta de casos com o que foi apelidado de "lockdown light".
Novas infecções diárias subiram para 28.438, enquanto o número de mortes por dia chegou a 496, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI) neste sábado.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.