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Após falta de oxigênio, EUA anunciam ajuda para crise sanitária em Manaus

Embaixada americana afirmou que doação de R$ 1,6 milhão será para construir usinas de produção de oxigênio

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São Paulo

A Embaixada dos EUA no Brasil anunciou na noite desta quinta-feira (28) uma doação do governo americano para ajudar o enfrentamento da crise sanitária em Manaus.

A Agência de Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) se uniu ao Grupo +Unidos, à Plataforma Parceiros pela Amazônia e à UNA+ para formar a iniciativa Juntos pelo Amazonas, que já arrecadou R$ 300 mil em doações diretas e forneceu equipamentos de proteção para trabalhadores da área da saúde do estado no Norte do país.

O programa também doou R$ 1,6 milhão para o Unidos contra a Covid-19, da Fiocruz. Segundo a embaixada, que anunciou a ajuda em sua conta no Twitter, “o valor será empregado na construção de usinas de produção de oxigênio para apoiar os hospitais públicos a região”.

Parentes de hospitalizados ou em tratamento domiciliar devido à infecção por coronavírus compram oxigênio de empresa privada em Manaus
Parentes de hospitalizados ou em tratamento domiciliar devido à infecção por coronavírus compram oxigênio de empresa privada em Manaus - Bruno Kelly - 18.jan.21/Reuters

Além da assistência dos EUA, a Venezuela também forneceu oxigênio para ajudar a mitigar a crise em Manaus. No dia 19 de janeiro, cinco caminhões com as doações do país vizinho chegaram à capital do Amazonas.

Os caminhões, que carregavam 107 mil m³ de oxigênio, percorreram mais de 1.500 km.

A crise no Brasil despertou a atenção internacional após vários pacientes morrerem asfixiados em Manaus e em cidades do interior do Amazonas, bem como em cidades no oeste do Pará.

Quando a ajuda venezuelana chegou, a demanda diária do Amazonas era de cerca de 76 mil m³ de oxigênio hospitalar, mas as empresas fornecedoras não conseguiam produzir mais de 28.200 m³ por dia —ou seja, havia um déficit diário de aproximadamente 50 mil m³ de oxigênio.

O general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, admitiu que soube da possibilidade de falta de oxigênio no Amazonas no dia 8 de janeiro, uma semana antes do dia mais grave de mortes por asfixia em leitos do estado. A Procuradoria-Geral da República pediu para o ministro explicar por que não agiu para garantir o fornecimento de oxigênio.

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