Eduardo Bolsonaro visita Casa Branca a convite da filha de Trump

Ida de filho do presidente brasileiro a Washington ocorre poucos dias antes da posse de Joe Biden

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Brasília

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, realizou na segunda-feira (4) uma visita à Casa Branca, em Washington, a convite de Ivanka Trump, filha de Donald Trump.

A ida do parlamentar à Casa Branca ocorre dias antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden —e, portanto, do fim do mandato do atual líder do país.

A chegada do democrata ao poder preocupa assessores no Palácio do Planalto, que preveem o aumento da pressão americana sobre a política ambiental e de direitos humanos de Bolsonaro, entre outros temas.

O deputado Eduardo Bolsonaro participa de evento em Brasília
O deputado Eduardo Bolsonaro participa de evento em Brasília - Ueslei Marcelino - 8.dez.20/Reuters

Eduardo está no período de recesso parlamentar. Ele estava acompanhado na audiência pela mulher, Heloisa, e pelo embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster. O casal levou ainda a filha, Geórgia, nascida em outubro. A passagem do parlamentar pela Casa Branca foi registrada pela GloboNews.

Com a derrota de Trump, autoridades do governo Bolsonaro passaram a manifestar, reservadamente, preocupação com a proximidade de aliados do mandatário brasileiro com o líder americano.

Bolsonaro disse durante a campanha que torcia por Trump e, depois do pleito, fez eco às acusações falsas do republicano de que as eleição tinham sido fraudadas.

A presença de Eduardo Bolsonaro num evento promovido pela filha de Trump não foi a única demonstração de proximidade com o governo americano na segunda (4).

O chanceler Ernesto Araújo respondeu a uma publicação do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e disse que "patriotas americanos e brasileiros permanecerão lado a lado".

"Secretário Pompeo, sua visão, coragem e dedicação à ideia que valorizamos são uma verdadeira bênção", disse Ernesto. "Nós sabemos que a liberdade está em jogo no mundo inteiro."

Ernesto comentou uma mensagem publicada nas redes sociais de Pompeo, que classificou o diplomata brasileiro como um ministro das Relações Exteriores que ama a liberdade.

Nesta terça, o embaixador Forster disse no Twitter ter concluído o processo de acreditação junto ao governo americano. Ele foi escolhido após a tentativa fracassada de Eduardo para ser indicado ao posto, mas sua sabatina e confirmação pelo Senado ficou em compasso de espera devido à Covid-19.

Com a aprovação do Senado em setembro, Forster ainda dependia da aceitação das suas credenciais pelo governo americano para dar oficialmente início à sua missão em Washington.

Normalmente as cartas são aceitas em cerimônia com o presidente Trump. Mas, de acordo com a embaixada do Brasil em Washington, a aceitação das credenciais de Forster ocorreu de forma remota, em razão do período de transição de poder.

Outros embaixadores estrangeiros estavam na mesma situação, e a acreditação era necessária, entre outros motivos, para permitir que eles fossem convidados para os atos da posse de Biden.

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