Estes são os deputados republicanos que se dizem a favor do impeachment de Trump

Câmara dos Representantes dos EUA vota afastamento do presidente nesta quarta (13)

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The New York Times

Enquanto a Câmara dos Deputados americana se prepara para avançar nesta quarta-feira (13) com uma votação para acusar formalmente o presidente Donald Trump de incitação à violência contra o governo dos EUA, um número pequeno mas crescente de republicanos anunciou que apoia o esforço.

A votação ocorrerá exatamente uma semana depois de o Capitólio americano ter sido invadido por uma turba enfurecida de seguidores leais a Trump. Nem um único republicano votou pelo impeachment do presidente em 2019, mas líderes republicanos na Câmara disseram que, desta vez, não vão pressionar ou orientar correligionários formalmente contra o voto pelo afastamento.

Estes são os republicanos que pretendem votar pelo impeachment.

O deputado republicano John Katko em corredor do Capitólio, em Washington
O deputado republicano John Katko em corredor do Capitólio, em Washington - Stefani Reynolds - 12.jan.21/Getty Images/AFP

Deputado John Katko

Katko, de Nova York, foi o primeiro republicano a anunciar publicamente que apoiaria os procedimentos de impeachment. Ex-promotor públido federal, disse que examinou os fatos da invasão do Capitólio, iniciada no momento em que parlamentares estavam em sessão para certificar os resultados da eleição.

“Não é possível ignorar que o presidente Trump encorajou esta insurreição —nas redes sociais, antes de 6 de janeiro, e no discurso que fez nesse dia”, disse Katko em comunicado.

“Ao intencionalmente promover teorias infundadas sugerindo que a eleição teria sido fraudada de alguma maneira, o presidente criou um ambiente inflamado de desinformação, privação de direitos de voto e divisão. Quando isso tudo se manifestou sob a forma de atos violentos, ele se negou a imediatamente e convincentemente pedir o fim da ação violenta. Assim, colocou incontáveis vidas em perigo.”

Deixar de responsabilizá-lo representaria “uma ameaça direta ao futuro de nossa democracia”, diz Katko.

Deputada Liz Cheney

Cheney, do estado de Wyoming, é a terceira mais importante líder republicana na Câmara. Ela disse na noite de terça-feira (12) que votará pelo impeachment, citando o papel exercido pelo presidente em uma insurreição que “causou morte e destruição no espaço mais sagrado de nossa República”.

“O presidente convocou esta turba, reuniu a turba e acendeu a chama deste ataque”, disse em comunicado. “Tudo o que se seguiu foi obra dele. Nada disso teria acontecido sem o presidente. Ele poderia ter interferido imediatamente e fortemente para acabar com a violência. Não o fez. Nunca houve uma traição tão grande de um presidente a seu cargo e ao juramento de fidelidade à Constituição.”

Deputado Adam Kinzinger

Crítico frequente de Trump, Kinzinger, do estado de Illinois, uniu-se a seus colegas republicanos na noite de terça, dizendo que o país está navegando em águas desconhecidas. Disse que Trump “aliciou uma turba enfurecida para invadir o Capitólio para impedir a contagem dos votos eleitorais.”

“Para mim, não há dúvida de que o presidente dos Estados Unidos violou o juramento que prestou ao assumir seu cargo e incitou esta insurreição”, disse ele em comunicado, acrescentando que, “se os atos do presidente não são dignos de impeachment, que delito justificaria um impeachment?”.

Deputado Fred Upton

Upton, de Michigan, divulgou comunicado dizendo que decidiu votar pelo impeachment depois de Trump “não ter expressado nenhum remorso” pelo que aconteceu no Capitólio. “Era melhor uma censura formal e bipartidária em vez de um processo prolongado de impeachment”, disse Upton. “Receio que este processo agora interfira no trabalho legislativo e na nova administração Biden. Mas é hora de dizer ‘basta’.”

Deputada Jaime Herrera Beutler

Herrera Beutler, do estado de Washington, disse que votará para impichar Trump porque considera que o presidente violou seu juramento de posse com seus atos. “Entendo o argumento segundo o qual a melhor coisa a fazer seria não inflamar o país ainda mais ou afastar os eleitores republicanos”, disse ela.

“Mas eu sou uma eleitora republicana. Acredito em nossa Constituição, na liberdade individual, no livre mercado, na caridade, vida, justiça, paz e neste país excepcional. Considero que meu partido será mais bem servido quando aqueles entre nós que fazemos parte dele optarmos pela verdade.”

Tradução de Clara Allain 

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