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Explosões deixam ao menos 15 mortos e 500 feridos na Guiné Equatorial

Segundo dirigente do país centro-africano, incidente foi causado por uso negligente de dinamite

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Malabo (Guiné Equatorial) | Reuters

Uma série de grandes explosões em uma base militar que sacudiu a cidade de Bata neste domingo (7) matou ao menos 15 pessoas e deixou outras 500 feridas. Segundo o dirigente do Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, o incidente foi resultado do uso negligente de dinamite.

Em um comunicado transmitido em rede nacional, Obiang pediu apoio internacional no esforço de recuperação, acrescentando que destina “todo seu suporte às pessoas afetadas”.

Na área das explosões, telhados de ferro foram arrancados das casas e ficaram retorcidos em meio aos escombros. Apenas uma ou duas paredes permaneceram em pé na maioria das residências.

Logo após o incidente, pessoas correram em todas as direções, muitas atordoadas e gritando. Uma coluna de fumaça se formou, e bombeiros procuraram apagar o incêndio.

Pessoas reviram entulhos de explosão em Bata - TVGE/Reuters

Imagens da emissora TVGE mostraram equipes de resgate puxando pessoas de pilhas de entulho, algumas enroladas em lençóis. Picapes lotadas com sobreviventes, entre eles crianças, se dirigiam ao hospital local.

Dentro do estabelecimento médico, as enfermarias estavam sobrecarregadas com os feridos, cobertos de sangue. Alguns estavam deitados no chão ou em mesas, aguardando atendimento.

A TVGE pediu para que as pessoas doassem sangue e relatou que os hospitais do país centro-africano estavam lotados.

A Embaixada da Espanha em Malabo disse que os espanhóis devem ficar em suas casas. “Acompanho com preocupação os acontecimentos na Guiné Equatorial após as explosões na cidade de Bata", disse a ministra das Relações Exteriores do país europeu, Arancha Gonzalez Laya, no Twitter.

As explosões acontecem em um momento em que a Guiné Equatorial, produtora de petróleo, sofre um choque econômico duplo devido à pandemia de Covid-19 e à queda no preço do combustível, que equivale a três quartos da receita do Estado.

O país, uma ex-colônia espanhola, é comandado por Obiang, o líder africano mais longevo que, em 1979, liderou um golpe militar e tomou o poder de seu tio, que acabou sendo executado. Críticos do governo apontam que o dirigente e sua família desfrutam de riqueza, enquanto a maioria da Guiné Equatorial vive na pobreza.

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