Um incêndio florestal na Patagônia argentina atingiu centenas de residências, deixou sete feridos, 15 desaparecidos e obrigou a evacuação de 200 pessoas, segundo fontes oficiais à agência de notícias AFP.
De acordo com o subchefe da polícia da região de Chubut, Óscar Gómez Ocampo, em entrevista ao jornal argentino Clarín, o número de desaparecidos é ainda maior, e ao menos 40 pessoas ainda não foram localizadas. “A possibilidade mais otimista é que eles tenham abandonado suas casas antes do avanço do fogo e se refugiado em algum lugar. Mas algo mais sério pode ter acontecido", disse ele.
As chamas alcançaram as cidades de Lago Puelo, El Bolsón, El Maitén, Epuyén, Futaleufú e El Hoyo, que formam uma região de muitos bosques e lagos próxima à Cordilheira dos Andes.
Segundo o ministro do Ambiente da Argentina, Juan Cabandié, o incêndio foi intencional e afetou mais de cem casas na área. Em uma entrevista coletiva, ele prometeu apresentar uma denúncia criminal.
Em El Hoyo, as chuvas apagaram o fogo, mas ainda há brasas sob a camada de cinzas, além de vigílias sendo feitas no local, disse à AFP Alejandro Otero, porta-voz do governo regional.
O governo federal enviou um avião Hércules com 40 brigadistas que se juntarão aos 60 que já estão realizando operações com helicópteros e caminhões.
No ano passado, incêndios no país devastaram dezenas de milhares de hectares. Segundo um relatório do ministério do Ambiente, 95% das ações foram provocadas para cultivos ou negócios imobiliários.
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