Descrição de chapéu Coronavírus

Líder em vacinação na América Latina, Chile começa a imunizar moradores de rua

País vive um dos momentos mais agudos da pandemia, com 95% de ocupação de UTIs

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Buenos Aires

O governo do Chile iniciou nesta segunda-feira (22) a vacinação de moradores de rua contra a Covid-19. O imunizante será aplicado em todo o país em 16.400 pessoas vinculadas ao Programa Calle —ligado ao Ministério do Desenvolvimento Social e da Moradia.

O Chile é o país latino-americano com mais vacinados em relação à população: 30% dos chilenos já tomaram a primeira dose. Em contraste, o país vive um dos momentos mais agudos da pandemia, com 95% de ocupação das UTIs. Por isso, voltou a impor restrições para tentar conter o avanço das novas variantes. Desde o início da crise sanitária, o Chile registrou 938.094 contaminações e 22.359 mortes.

Profissional de saúde se prepara para administrar uma dose da vacina contra a Covid-19 a um morador de rua em Santiago
Profissional de saúde se prepara para administrar uma dose da vacina contra a Covid-19 a um morador de rua em Santiago - Ivan Alvarado - 22.mar.21/Reuters

A subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza, afirma que a medida visa imunizar essa população vulnerável antes que cheguem as baixas temperaturas do inverno. "Já estamos avançando com os idosos, com os doentes crônicos e, hoje, com as pessoas que estão em situação de rua."

O anúncio foi feito num albergue em Santiago. Daza explicou que, além do cadastro no Programa Calle, também serão consultadas bases de dados de prefeituras em todo o país para localizar e imunizar cidadãos nessa situação. O governo ainda vai distribuir a esses grupos um kit de prevenção, com máscaras, álcool em gel e instruções sobre distanciamento social.

Além da população de rua, começaram a ser vacinados nesta segunda trabalhadores que atuam no transporte de alimentos e de medicamentos e em setores essenciais, como eletricidade, água e gás.

Nos próximos dias, entram na lista mesários e outras pessoas que vão atuar nas eleições para a formação da próxima assembleia constituinte, incluindo jornalistas que cobrirão o evento. A votação, cujo adiamento era considerado devido à situação sanitária, está prevista para ocorrer em dois dias (10 e 11 de abril), para evitar aglomerações, e com protocolos rígidos, como ocorreu no plebiscito de outubro.

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