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Líder deposta por golpe em Mianmar aparece pela 1ª vez após ser presa

Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi depôs pessoalmente em tribunal

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Reuters

A líder deposta de Mianmar apareceu pessoalmente pela primeira vez desde que seu governo foi derrubado por um golpe, em 1º de fevereiro. Detida pela junta militar que tomou o poder, Aung San Suu Kyi depôs nesta segunda-feira (24) em uma audiência, informou seu advogado à agência de notícias Reuters.

Suu Kyi, 75, teve uma reunião cara a cara com sua equipe jurídica por cerca de 30 minutos antes da audiência e parecia estar com boa saúde, afirmou o advogado Thae Maung Maung.

Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz devido à atuação para construir a democracia no país, ela está entre as mais de 4.000 pessoas detidas desde o golpe e enfrenta acusações que vão de posse ilegal de rádios walkie-talkie a violação de uma lei de segredos de Estado.

Aung San Suu Kyi no tribunal de Naypyitaw, em Mianmar, nesta segunda-feira (24)
Imagem tirada de um vídeo mostra Aung San Suu Kyi no tribunal de Naypyitaw, em Mianmar, nesta segunda-feira (24) - MRTV via Reuters

Na audiência, a líder deposta fez uma aparente referência ao seu partido, Liga Nacional para a Democracia, que corre risco de ser dissolvido após ser acusado pela junta militar de fraude durante o pleito de novembro. A comissão eleitoral anterior ao golpe nega evidências de irregularidades no processo.

"Ela disse que o partido foi estabelecido para o povo, então o partido estará lá enquanto o povo estiver", afirmou Thae Maung Maung à Reuters. Em sua primeira entrevista à mídia estrangeira desde o golpe, o líder da junta militar Min Aung Hlaing disse que Suu Kyi estava bem de saúde e contestou o número de pessoas mortas pelas forças de segurança em protestos após a tomada de poder.

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Mianmar é palco de manifestações constantes desde que o Exército assumiu o poder, com protestos, marchas e ataques diários em todo o país contra a junta, que respondeu matando mais de 800 pessoas, segundo o grupo ativista Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos. Min Aung Hlaing disse que o número real de vítimas foi de cerca de 300 civis e que 47 policiais também foram mortos.

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