Em comemoração da vitória na 2ª Guerra, Putin diz que há alta da 'russofobia' no mundo

Mais de 12 mil homens e 190 veículos desfilaram após discurso do presidente

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Moscou | AFP

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou neste domingo (9) que seu país defenderá firmemente seus interesses geopolíticos e que há um retorno no mundo de ideologias racistas e "russofóbicas", em discurso na celebração do 76º aniversário da vitória contra os nazistas na Segunda Guerra.

"A Rússia defende incessantemente o direito internacional. Ao mesmo tempo, defenderemos firmemente nossos interesses nacionais e garantiremos a segurança de nosso povo", disse ele, diante de centenas de militares em uniformes de gala reunidos na Praça Vermelha, em Moscou.

O presidente afirmou que as ideias nascidas do nazismo se atualizaram e que há um retorno dos "discursos racistas, da superioridade nacional, do antissemitismo e da russofobia".

Mais de 12 mil homens e 190 veículos desfilaram após o discurso do chefe de Estado e de uma cerimônia de oficiais e veteranos no evento tradicional que marca a vitória sobre os nazistas.

As celebrações de 9 de maio em toda a Rússia, com paradas militares nas principais cidades, são um momento de comunhão patriótica dedicado aos quase 20 milhões de soviéticos mortos durante o conflito.

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De acordo com o instituto de pesquisas públicas Vtsiom, para 69% dos russos esse é o principal feriado do ano. "Para mim e minha família, é um feriado que celebra uma vitória do povo russo. Estamos orgulhosos, lembramos e honramos nossos entes queridos e nossos bravos soldados", declarou Iulia Goulevskikh, contadora, que participou do desfile militar com a filha em Vladivostok.

Jatos Su-25 liberam fumaça nas cores da bandeira russa em Moscou
Jatos Su-25 liberam fumaça nas cores da bandeira russa em Moscou - Evgenia Novozhenina/Reuters

Somente após a queda da União Soviética, o grande desfile militar em 9 de maio na Praça Vermelha tornou-se um evento anual. Em mais de 20 anos no poder, Putin colocou essa data no centro de sua política, exaltando o sacrifício dos soviéticos e regularmente acusando seus adversários ocidentais de histórico "revisionismo" antirrusso por tentar minimizar o papel da União Soviética na derrota de Hitler.

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