Homem é ferido com tiro nas costas na Times Square, em Nova York

Identidade da vítima não foi revelada, e incidente está sendo investigado; ninguém foi preso

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São Paulo

Um disparo de arma de fogo em meio a uma briga na Times Square, ponto turístico de Nova York, deixou um homem de 21 anos ferido na noite deste domingo (27), informou o site da emissora americana CNN.

O homem, que não estava envolvido na briga, acabou baleado nas costas e foi levado ao hospital, onde os médicos disseram que a expectativa é a de que ele sobreviva aos ferimentos, ainda de acordo com a CNN.

Pessoas paradas na Times Square, com telões e prédios ao fundo
Movimentação na região da Times Square, em Nova York - Angela Weiss - 11.jun.21/AFP

A identidade da vítima não foi revelada, e o incidente está sendo investigado pela polícia. Ninguém foi preso até agora. Nova York tem registrado um aumento na criminalidade. Dados da polícia divulgados pela CNN mostram que houve 680 incidentes envolvendo tiros desde o início do ano até 20 de junho, um aumento de 53% em relação ao mesmo período no ano passado.

Em maio, a Times Square já havia sido palco de tiros. Uma briga terminou com disparos, que atingiram duas mulheres e uma menina de quatro anos de idade. A garota estava comprando brinquedos com a família e foi atingida na perna. As outras duas vítimas, de 23 e 43 anos, sofreram ferimentos na perna e no pé, respectivamente. As vítimas não se conheciam, e a criança precisou de cirurgia.

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Na última semana, o presidente Joe Biden anunciou endurecimento na fiscalização da venda de armas e defendeu mais recursos para as polícias em uma tentativa de conter a alta nas mortes a tiros no país.

Os EUA vivem alta nos crimes com armas de fogo. Em 2020, a taxa de homicídios em cidades grandes cresceu cerca de 30% na comparação com o ano anterior. Neste ano, 20.989 americanos já morreram por ferimentos de armas de fogo, mais da metade por suicídio, segundo dados do Gun Violence Archive.

Biden também defendeu mais dinheiro para as polícias locais: orientou governos municipais e estaduais a usarem verbas do pacote de recuperação, aprovado em março, para contratar mais agentes e investir em tecnologia. Ele ainda pediu que o Congresso não tente barrar esse direcionamento.

Ao defender o aperto no controle de armas e o reforço nas polícias, Biden gera atritos com dois grupos rivais. O direito ao porte de armas é uma questão pétrea para a direita americana e para o Partido Republicano, que considera o tema um símbolo da liberdade. Já uma parcela do Partido Democrata quer o corte do orçamento para a polícia, como forma de evitar ações violentas por parte de agentes, como na morte de George Floyd, homem negro assassinado por sufocamento por um policial branco no ano passado. Republicanos se opõem à medida e dizem que ela deixará as cidades mais inseguras.

O anúncio da semana passada se soma a ordens executivas assinadas em abril, nas quais Biden pediu ao Departamento de Justiça que reprimisse as “armas fantasmas” —feitas de forma caseira, para não serem rastreadas. O presidente usa esse tipo de medida para levar adiante sua agenda sem ter que esperar pelo Congresso, onde a maioria democrata é estreita, e os republicanos se opõem às leis de controle de armas.

A gestão democrata enfrenta uma impaciência crescente de ativistas que querem que Biden aja mais rapidamente para combater a violência armada após ele ter prometido, durante a campanha à Casa Branca, atuar desde o primeiro dia no cargo contra o que chamou de epidemia.

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