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A três dias da posse de Castillo, comandante das Forças Armadas renuncia no Peru

General César Astudillo alegou 'motivos pessoais' para a decisão

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Lima | AFP

O general César Astudillo renunciou ao cargo de chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas (CCFFAA) do Peru neste domingo (25), a três dias da posse do presidente eleito, Pedro Castillo. De acordo com fontes militares, o general solicitou sua aposentadoria alegando "motivos pessoais".

Astudillo estava à frente da CCFFAA desde outubro de 2018. Ainda não há confirmação se a decisão do general foi aceita pelo presidente interino, Francisco Sagasti, ou pela ministra da Defesa, Nuria Esparch.

homem veste terno e chapéu de cowboy e acena para apoiadores de uma varanda
O presidente eleito Pedro Castillo acena para apoiadores após o segundo turno das eleições - Sebastian Castaneda - 7.jun.2021/REUTERS

O resultado das eleições presidenciais peruanas foi anunciado na última segunda-feira (19), após mais de 40 dias de uma contagem de votos marcada pela tensão e pelas ameaças da candidata Keiko Fujimori de não reconhecer a derrota, alegando fraude.

Ao fim, o esquerdista Pedro Castillo obteve 50,12% dos votos válidos, contra 49,87% da direitista e conservadora Keiko Fujimori. A posse de Castillo está marcada para a próxima quarta-feira (28).

O jornal La República obteve relatos discrepantes para os motivos que levaram o general à renúncia, entre eles alegações de que a decisão foi tomada por desavença ideológica com o próximo presidente do Peru. Outros, ainda, afirmam que a equipe de transição de Castillo anunciou mudanças para as CCFFAA com as quais Astudillo não concorda e a renúncia teria sido feita para evitar atritos com o futuro governo.

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Há também uma outra versão: militares próximos a Castillo, como o general Wilson Barrantes Mendoza, que preside a comissão de transição do Ministério da Defesa, se opuseram à permanência de Astudillo no cargo. A ressalva se justificaria pelas denúncias de que Astudillo estaria envolvido com desvio de combustíveis do Exército, o que afeta a imagem das Forças Armadas do país.

Em meio ao segundo turno eleitoral da disputa acirrada entre Castillo e Fujimori, um grupo de militares aposentados realizou passeatas em apoio à direitista. Os oficiais da ativa, no entanto, seguem respeitando a Constituição peruana, sem interferir na política nacional.

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