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Confronto entre polícia e gangues em Caracas deixa 26 mortos em dois dias

Conflitos começaram na quarta (7) e forçaram moradores a abandonar suas casas devido aos tiroteios

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Caracas | AFP

Vinte e dois criminosos e quatro agentes morreram durante os quase dois dias de confrontos entre gangues e forças de segurança no oeste de Caracas, informou o governo venezuelano neste sábado (10).

"Foram neutralizados 22 criminosos", dos quais há 12 identificados, disse a ministra do Interior, Carmen Meléndez, em discurso transmitido pela TV estatal. Um sargento da Guarda Nacional e três policiais foram mortos na operação.

Policial atrás de parede aponta arma em direção a rua vazia, com casas de favela ao fundo
Policial venezuelano durante operação em Caracas - Federico Parra - 9.jul.21/AFP

Os confrontos começaram na tarde de quarta-feira (7), forçando alguns moradores a abandonar suas casas devido aos tiroteios. Meléndez também relatou a "morte de inocentes", sem especificar o número. Ela falou em 28 feridos, dos quais 18 são "de comunidades vizinhas e transeuntes" e já foram tratados.

Quase 2.500 agentes participaram da operação para tomar o controle de Cota 905, bairro onde opera a gangue liderada por um homem conhecido como "Koki". O governo oferece uma recompensa de US$ 500 mil por informações que permitam sua captura. Nos confrontos, foram utilizadas armas de alto calibre, granadas, balas traçadoras, além de drones com os quais as gangues tinham ampla visão das áreas.

De acordo com o balanço oficial da operação, foram apreendidos mais de 24 mil munições, três lança-foguetes, cinco fuzis, quatro submetralhadoras, seis pistolas e um revólver.

"Apreendemos um arsenal militar de guerra" que veio de "outros países", afirmou Meléndez.

"Koki" e outros líderes da gangue continuam foragidos. “Eles destruíram os refúgios que tinham antes de sair, antes de fugir para todos os lados”, explicou a autoridade. A número dois na hierarquia formal do regime venezuelano, Delcy Rodríguez, anunciou a prisão de três supostos "paramilitares" colombianos.

O governo vincula os confrontos com essas gangues, que também afetaram outras áreas dessa região de Caracas, com um suposto complô da oposição com os governos dos Estados Unidos e da Colômbia para "desestabilizar" o ditador Nicolás Maduro, uma denúncia frequente no discurso oficial.

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