O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste sábado (24) que está prevista para agosto a instalação de uma mesa de negociações entre seu regime e a oposição venezuelana liderada por Juan Guaidó.
O encontro vai ocorrer no México, com a mediação da Noruega. Maduro declarou que espera pela participação e ajuda de outros governos incluindo, "possivelmente", o dos Estados Unidos.
Maduro já havia expressado antes disposição para dialogar com a oposição e seu líder Juan Guaidó, reconhecido como presidente por mais de 50 países, que consideram a reeleição do atual mandatário em 2018 como fraudulenta.
O ditador havia condicionado sua participação em quaisquer negociações à suspensão de sanções econômica, que incluem o embargo ao petróleo da Venezuela e impedem que o país busque financiamento em meio a uma dura crise econômica.
Os EUA e a União Europeia já sinalizaram que podem revisar as medidas coercitivas se avançarem as discussões em prol de eleições confiáveis. Buscando recuperar o reconhecimendo internacional, Maduro se comprometeu a respeiter as eleições de prefeitos e governadores marcadas para 21 de novembro.
Guiadó, por sua vez, também disse que está pronto para dialogar com o regime de Maduro e condicionou sua participação ao estabecimento de um cronograma eleitoral que inclua eleições presidenciais, com suspensão progressiva das sanções.
A última vez que a ditadura venezuela e a oposição tentaram chegar a um acordo foi em Barbados, há dois anos. Mas as negociações não tiveram resultado. Estes novos diálogos são preparados, ainda, após a prisão do ex-deputado Freddy Guevara, muito próximo de Guaidó, acusado de terrorismo e traição à pátria.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.