Descrição de chapéu Folhajus

Andrew Cuomo se junta a outros democratas envolvidos em escândalos sexuais

Lista inclui nomes como Joe Biden e Bill Clinton, além de outro governador de Nova York

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo e Boston

Com a renúncia ao governo do estado de Nova York, anunciada nesta terça (10) na esteira de acusações de assédio sexual feitas por 11 mulheres, o democrata Andrew Cuomo passa a integrar uma lista de integrantes do partido envolvidos em escândalos sexuais.

Ex-presidente dos EUA Bill Clinton participa de missa em homenagem a Jacques Chirac, em Paris
Ex-presidente dos EUA Bill Clinton participa de missa em homenagem a Jacques Chirac, em Paris - Martin Bureau - 30.set.19/AFP

Joe Biden, atual presidente dos EUA
Antes da corrida democrata à Presidência, em março de 2019, uma ex-congressista de Nevada disse que Biden a havia tocado inapropriadamente e beijado sua cabeça em um comício em 2014. Alguns dias depois, uma mulher de Connecticut o acusou também de tocá-la inapropriadamente e de esfregar seu nariz com o dela, em um evento para levantar fundos em 2009. Ao todo, oito mulheres acusaram o democrata de tê-las beijado, abraçado ou tocado de maneiras que as deixaram incomodadas.

A resposta de Biden veio em um vídeo, no qual ele se comprometeu a ficar “mais atento” ao respeito do “espaço pessoal”. Em março de 2020, no entanto, surgiu mais uma denúncia. Uma ex-funcionária da época em que ele era senador o acusou de agressão sexual cometida em 1993 —o que a campanha do democrata negou.

Bill Clinton, ex-presidente dos EUA (1993-2001)
Quatro mulheres vieram a público denunciar o ex-presidente em casos de estupro, assédio e agressão sexual. A mais séria delas foi feita por Juanita Boraddrick, em 1999, que acusou Clinton de tê-la estuprado em 1978, quando ele era procurador-geral de Arkansas. Em 1998, Kathleen Willey disse que o então presidente a beijou, acariciou seus seios e a forçou a tocar a virilha dele durante uma reunião no Salão Oval em 1993 —Clinton nega que a interação foi sexual.

Ainda na década de 1990, Paula Jones, ex-funcionária pública de Arkansas, relatou que, em 1991, um policial se aproximou e disse a ela que Clinton queria vê-la. Ela foi levada até o quarto de hotel do democrata, que propôs uma relação sexual e expôs sua genitália —a história foi revelada em 1994. O democrata pagou US$ 850 mil em um acordo extrajudicial, mas nunca assumiu a culpa.

O mais antigo dos casos foi o que veio à tona mais recentemente. Leslie Milwee, ex-jornalista de uma emissora de televisão, disse, em 2016, que o então governador de Arkansas a apalpou em diversas ocasiões em 1980.

Eliot Spitzer, ex-governador de Nova York
Assim como Cuomo, Spitzer renunciou em março de 2008 após vir à tona um relatório de que ele havia se envolvido com prostitutas. O democrata se desculpou por suas “falhas pessoais”, mas não se referiu especificamente às alegações na época. Meses mais tarde, ele admitiu seu envolvimento após um procurador federal desistir de apresentar denúncia.

Eric Schneiderman, ex-secretário de Justiça do estado de Nova York
Em 2018, a revista New Yorker relatou que quatro mulheres o acusaram de tê-las atacado fisicamente, o que levou à renúncia de Schneiderman. Duas delas contaram que foram esganadas e agredidas repetidamente. Embora ele tenha negado as acusações, vários líderes do partido —incluindo o agora acusado Cuomo— pediram sua demissão.

Al Franken, ex-senador de Minnesota
Acusado de uma série de assédios sexuais contra mulheres, Franken deixou o cargo em 2017. Ele sofria pressão dos colegas de partido, incluindo a ex-pré-candidata à Presidência Elizabeth Warren e o então líder do partido no senado, Chuck Schumer, para renunciar. Dentre as principais acusações, uma ex-colega de Franken —que era comediante na época do caso— o acusou de beijá-la à força e tocar seus seios enquanto ela dormia durante.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.