Descrição de chapéu Coronavírus

Medo de contaminação por Covid nos EUA volta a patamar do último pico no país

Mais de mil mortes pela Covid-19 foram registradas pela primeira vez desde março

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São Paulo

A ansiedade em relação à Covid-19 nos Estados Unidos está em seu nível mais alto desde o inverno americano, que acontece entre os meses de dezembro e março no Hemisfério Norte.

Nova pesquisa aponta que 41% dos entrevistados estão extremamente ou muito preocupados com a possibilidade de pessoas de sua família ou de eles mesmos serem contaminados pelo vírus. O percentual é similar ao registrado em janeiro, durante o último grande pico de contaminação no país, quando 43% tinham o mesmo temor.

Variante delta tem assustado norte-americanos - Vanessa Carvalho/Brazil Photo Pres/Folhapress

O estudo do Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos da Associated Press-NORC também descobriu que a maioria dos adultos americanos deseja que aqueles que vão a cinemas, estádios, shows e outros eventos com aglomerações sejam obrigados a se vacinar. Para essas pessoas, a medida deve ser estendida a quem viaja de avião e a trabalhadores de hospitais, restaurantes, lojas e repartições públicas.

Até esta sexta (20), mais de 360 milhões de doses de vacinas haviam sido administradas nos EUA. Ao todo, 51,8% da população está com o ciclo vacinal completo, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Ainda assim, hospitais em todo o país tinham mais de 75 mil pacientes com coronavírus na semana passada, aumento substancial em relação a algumas semanas. Na terça (17), os EUA registraram mais de mil mortes por Covid-19 pela primeira vez desde março.

Estados como Oregon, Flórida, Arkansas e Havaí registraram recordes de hospitalizações nos últimos dias. O país enfrenta o aumento da presença da variante delta e, em alguns estados, baixas taxas de vacinação.

A pesquisa da AP-NORC sugere ainda que, apesar do aumento dos casos e da maior preocupação com o vírus, desde junho os americanos não intensificaram os cuidados para evitar a disseminação da doença.

Ao menos metade dos entrevistados, porém, afirma que sempre ou frequentemente usa máscara quando está perto de outras pessoas, fica longe de aglomerações e evita viagens não essenciais.

A confiança nas vacinas contra as variantes também não diminuiu, e as autoridades de saúde dos EUA anunciaram nesta semana planos para aplicar doses de reforço a partir de setembro.

A pesquisa mostra também que 55% dos entrevistados apoiam a exigência de que os americanos usem máscaras perto de outras pessoas fora de casa, enquanto 62% são favoráveis à exigência do item especificamente para trabalhadores que interagem com o público, como em restaurantes e lojas.

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