Suspeito de portar bomba perto da Biblioteca do Congresso dos EUA se rende

Homem havia levado caminhonete até o local e dizia estar disposto a detonar explosivos

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Washington

Um homem que dizia ter levado explosivos até a calçada da Biblioteca do Congresso dos EUA nesta quinta-feira (19) se rendeu após cerca de cinco horas de negociações.

Ele havia estacionado uma caminhonete na rua e ameaçava apertar um detonador, o que levou à evacuação de vários prédios da região, que fica a cerca de 3 km da Casa Branca.

Imagens exibidas pela TV NBC mostraram o suspeito saindo do veículo, de forma pacífica e se ajoelhando no asfalto. Ele foi identificado como Floyd Ray Roseberry, 49, morador de Grover, na Carolina do Norte.

Polícia do Capitólio, em Washington, próximo à Casa Branca, isola região após ameaça de bomba - Elizabeth Frantz/Reuters

Segundo as autoridades, por volta das 9h (10h em Brasília), Roseberry parou uma caminhonete preta em uma calçada perto da biblioteca, disse ter explosivos no veículo e um detonador à mão. No entanto, a policia vistoriou o automóvel após a rendição dele e não encontrou explosivos prontos, mas alguns materiais que talvez poderiam ser usados para fazer bombas. Esses itens ainda serão analisados.

A razão para o ato está em investigação. O homem fez uma transmissão ao vivo no Facebook durante a ação. No vídeo, criticou os democratas, falou em revolução e pediu para falar com o presidente Joe Biden. Afirmou também que poderia detonar explosivos se a polícia se aproximasse. A rede social divulgou a retirada do vídeo do ar.

Ele também alegou ter plantado bombas pela região, o que levou a polícia a expandir a área de restrição, segundo o jornal americano The Washington Post.

Assim, prédios na área foram evacuados. Tanto o Senado quanto a Câmara dos Representantes estão em recesso, mas há pessoas trabalhando nos edifícios, e a região recebe um grande número de turistas em meio às férias do verão americano. Uma estação de metrô próxima também foi fechada.

​Dezenas de viaturas de emergência foram deslocadas para a região do Congresso, e as ruas de acesso às laterais do prédio foram bloqueadas. Em rede social, a polícia pediu que moradores evitassem a região. A divisão responsável por lidar com explosivos afirmou ter enviado um especialista para ajudar a polícia.

O edifício Thomas Jefferson, o principal da biblioteca, foi evacuado. A polícia pediu que todos os trabalhadores do Cannon House Office Building, que abriga escritórios da Câmara dos Representantes, deixassem o local. ​De acordo com a CNN americana, o prédio da Suprema Corte também foi esvaziado.

Toda a região teve a segurança reforçada desde que apoiadores do ex-presidente Donald Trump invadiram o Capitólio em 6 de janeiro, durante a sessão de certificação da vitória de Biden.

Sem aceitar a derrota, Trump incitou a multidão com frases como "se vocês não lutarem para valer, vocês não terão mais um país", motivo pelo qual, para os democratas, não há dúvidas de que o republicano insuflou o caos e a violência. Cinco pessoas morreram e dezenas de agentes ficaram feridos à época.

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