Descrição de chapéu Rússia

Ataque a tiros em universidade na Rússia deixa ao menos 6 mortos

Atirador, identificado como aluno da instituição, tem 18 anos e está sob custódia em hospital

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Moscou | Reuters

Um estudante de 18 anos armado com um fuzil abriu fogo contra uma universidade na cidade de Perm, na Rússia, nesta segunda-feira (20), matando ao menos seis pessoas e deixando 24 feridos, de acordo com informações de autoridades russas.

Números previamente divulgados falavam em oito mortos, mas novos comunicados atualizaram a quantidade de vítimas.

Segundo o Comitê Investigativo da Rússia, órgão destinado à análise de crimes graves, o atirador foi ferido após resistir à prisão e está recebendo tratamento em um hospital. Anteriormente, uma porta-voz da Universidade Estadual de Perm, alvo do ataque, divulgou comunicado afirmando que o criminoso, identificado como um aluno da instituição, havia sido "liquidado". Mais tarde, a informação foi corrigida.

Forças de segurança na Universidade Estadual de Perm, na Rússia, após ataque a tiros - Anna Vikhareva - 20.set.21/Reuters

A cidade de Perm fica a cerca de 1.400 km a leste de Moscou. O ataque aconteceu às 11h pelo horário local (3h de Brasília).

Imagens divulgadas pela imprensa russa mostraram um homem vestido de preto caminhando com um fuzil em punho pelo campus. Em outros vídeos, alunos em pânico aparecem pulando das janelas do primeiro andar da universidade para tentar escapar do prédio. Sobreviventes disseram à agência de notícias Reuters que, em algumas salas de aula, os estudantes montaram barricadas com cadeiras para impedir a entrada do atirador.

Entre as vítimas, segundo relatos da imprensa local, estão cinco mulheres, entre eles uma estudante que queria ser professora de matemática, e um homem —um médico aposentado de 66 anos que foi visitar seu neto na universidade.

Antes do ataque, o atirador publicou uma foto em suas redes sociais posando com um fuzil, usando um capacete e exibindo munições. O post foi mais tarde apagado das redes. "Eu pensei nisso por muito tempo, já se passaram anos e percebi que havia chegado a hora de fazer o que sonhei", diz outra publicação atribuída ao agressor.

Ele teria comprado a arma em maio e indicou que suas ações não tinham nada a ver com política e religião e teriam sido motivadas pelo ódio.


O presidente russo, Vladimir Putin, lamentou o que chamou de "grande desgraça para todo o país" e pediu às forças de ordem que esclareçam os motivos do agressor.

"Nenhuma palavra apaga a dor por essas perdas, especialmente quando se trata de jovens que estavam justamente começando suas vidas", acrescentou.

O primeiro-ministro, Mikhail Mishustin, e os ministros da Saúde e da Educação foram enviados a Perm, segundo as agências russas. O evento se dá um dia após as eleições legislativas, vencidas pelo partido do Kremlin, Rússia Unida.

A Rússia tem restrições estritas à posse de armas de fogo por civis, mas algumas categorias de armas estão disponíveis para compra e uso na caça, na autodefesa e em práticas esportivas, uma vez que os possíveis proprietários cumpram com os requisitos exigidos pelas autoridades do país.

Em maio, um ex-aluno de 19 anos matou nove pessoas —sete crianças, uma professora e uma funcionária— e feriu mais de 30 em um ataque a tiros em uma escola na cidade russa de Kazan, a 827 km de Moscou.

Após a tragédia, a Rússia aumentou a idade legal para a compra de armas de 18 para 21 anos, mas as novas regras ainda não entraram em vigor.

Atentados em escolas são relativamente raros na Rússia. Um dos últimos grandes ataques desse tipo aconteceu no território anexado da Crimeia, em 2018, quando um estudante universitário matou 19 pessoas e feriu outras 40 antes de cometer suicídio.

o resultado da globalização, das redes sociais, da internet. Vemos que há toda uma comunidade que foi criada nisso. Tudo começou com os trágicos eventos nas escolas dos EUA", declarou na ocasião o presidente russo, Vladimir Putin.

Com AFP

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