Em meio a debate sobre aplicação, 2 líderes mundiais já tomaram 3ª dose da vacina

Poucos países iniciaram essa fase da campanha, criticada pela OMS; Biden disse que vai tomar reforço

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São Paulo

Enquanto o mundo debate a estratégia de aplicar uma terceira dose das vacinas contra a Covid-19 e alguns países, como o Brasil, começam a adotar esse complemento na imunização, ao menos dois líderes mundiais já receberam o reforço.

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, 49, tomou a terceira dose da vacina da Pfizer no último dia 20, quando o país estendeu a possibilidade do reforço para pessoas com mais de 40 anos. Desde julho, os israelenses com 60 anos ou mais já podiam tomar a dose extra, em um esforço do país para barrar o avanço da variante delta do coronavírus, mais contagiosa do que a cepa original.

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, recebe dose extra da vacina contra a Covid-19
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, recebe dose extra da vacina contra a Covid-19 - Jack Guez - 20.ago.21/AFP

O segundo líder que já tomou a terceira dose da vacina foi o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, 48, no último dia 28. Ele havia sido imunizado com duas doses da Coronavac, entre março e abril, e recebeu um reforço da vacina da Pfizer.

Outro país com um presidente conservador que já vem aplicando a dose extra contra a Covid-19 é o Chile. Ainda não há, porém, registros de que Sebastián Piñera, 71, tenha tomado o reforço, ainda que o chileno seja um grande incentivador da vacinação.

No hemisfério norte, o presidente dos EUA, Joe Biden, 78, anunciou que pretende tomar a dose de reforço quando ela começar a ser aplicada no país —o que está programado para ocorrer ainda em setembro.

No Reino Unido, um rumor circulou dando conta de que o primeiro-ministro Boris Johnson havia recebido um reforço do imunizante, além das doses que tomou em março e junho. A foto que acompanhava a notícia falsa, porém, mostrava o político se vacinando contra a gripe. Os ingleses por enquanto preveem iniciar uma campanha de terceira dose para pessoas imunossuprimidas, provavelmente neste mês.

Ainda na Europa, a França começou na última quarta (25) a aplicar uma terceira dose em pessoas mais velhas e que se imunizaram há mais de seis meses. A Alemanha também reforçou a imunização em idosos que vivem em casas de repouso. Pessoas mais vulneráveis devem começar a receber uma dose extra na Itália ainda neste mês. No Japão, o governo planeja aplicar a terceira dose só no começo do ano que vem, para trabalhadores de saúde, que estão mais expostos à contaminação.

Como esses países ainda não começaram a oferecer o reforço em larga escala, seus líderes —respectivamente, Emmanuel Macron, Angela Merkel e Yoshihide Suga— ainda não se imunizaram com ele. No Canadá, último integrante do G7 (principais economias do mundo), algumas províncias como Québec e Alberta começaram na última semana a dar a dose extra a idosos e pessoas vulneráveis.

Até agora, não há consenso entre cientistas e agências de saúde sobre a necessidade de uma terceira dose. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse em 18 de agosto que os dados atuais não indicam a necessidade de reforço da vacina e pediu repetidamente por adiamentos onde o processo já começou.

Segundo a entidade, as pessoas mais vulneráveis no mundo todo devem ser vacinadas antes que os países de alta renda apliquem uma dose adicional. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro impôs sigilo sobre seu cartão de vacinação e afirmou que seria o último a se imunizar contra a Covid-19 no país. ​

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