Descrição de chapéu oriente médio

Seis palestinos fogem de prisão de segurança máxima em Israel por meio de túnel

Policiais e soldados israelenses iniciaram caçada na região da penitenciária de Gilboa, no norte do país

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Jerusalém | Reuters e AFP

Seis prisioneiros palestinos, entre os quais o ex-líder de um grupo armado, fugiram de uma prisão de segurança máxima em Israel nesta segunda-feira (6) por meio de um túnel cavado em sua cela.

Policiais e soldados israelenses iniciaram uma caçada na região da penitenciária de Gilboa, no norte do país, após um alerta emitido às 3h locais (21h de domingo em Brasília). Foram mobilizados postos de controle, cães farejadores e meios de observação aérea.

A prisão fica a apenas 4 km da Cisjordânia e a 14 km da fronteira com a Jordânia, possíveis destinos dos fugitivos, de acordo com um porta-voz da polícia, que afirmou que os ex-detentos cavaram um túnel no chão do banheiro da cela. Os demais 400 presos de Gilboa foram realocados após o episódio, diante da possibilidade de que outros túneis tenham sido abertos.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, disse se tratar de um “incidente grave, que requer um esforço coletivo das forças de segurança”. Cinco dos fugitivos são militantes da facção Jihad Islâmica. O outro foi identificado como Zakaria Zubeidi, um ex-comandante das Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do Fatah, partido político de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.

Zubeidi foi preso acusado de terrorismo em 2019. Antes, ele já havia sido indiciado pela Autoridade Palestina por ter participado em um ataque armado contra a casa do governador de Jenin, Qaddura Musa, em 2002. Musa sofreu um infarto durante a ação e morreu. As forças de segurança palestinas prenderam dezenas de pessoas, incluindo Zubeidi, pouco depois do ataque.

Facções palestinas celebraram a fuga desta segunda. O Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza, classificou a fuga como um "ato corajoso e heroico", assim como uma "verdadeira derrota" para o sistema de segurança de Israel. A Jihad Isâmica, um dos principais movimentos armados palestinos, celebrou a fuga como um "ato heroico". O Hezbollah, por sua vez, afirmou se tratar de um "duro golpe" para as forças israelenses.

Quatro dos fugitivos cumpriam pena de prisão perpétua após serem condenados por planejar ou realizar atentados. Outro estava preso sob uma ordem especial de detenção, e o sexto fugitivo ainda não havia sido condenado. A fuga aconteceu poucas horas antes do início, em Israel, no pôr do sol desta segunda-feira, das festas de Rosh Hashaná, o Ano-Novo judaico.

O Exército israelense já trabalha com a possibilidade de fazer uma intervenção na Cisjordânia após a fuga e preparou suas tropas para isso, além de ter disponibilizado recursos de observação aérea para a polícia.
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