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Israel retira Brasil da lista de países proibidos para viagens e origem de turistas

Brasileiros e demais estrangeiros, porém, precisam de autorização especial do governo israelense para entrar no país

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Guarulhos

O governo de Israel aprovou nesta sexta-feira (1º) uma recomendação do Ministério da Saúde local que retira Brasil, Bulgária e Turquia da lista de países proibidos como destino de viagens de israelenses e origem de turistas. As nações eram as últimas que restavam na lista vermelha devido à pandemia de Covid-19.

A autorização passa a valer a partir da próxima segunda-feira (4). Até o momento, para viajar a esses destinos, os israelenses tinham de pedir permissão especial a um comitê de exceção. Com a atualização da lista, a autorização não é mais necessária.

Residentes no Brasil, na Bulgária e na Turquia igualmente não podiam viajar para o país do Oriente Médio, o que também muda com a retirada das restrições. Algumas exigências, porém, permanecem e variam de acordo com a nacionalidade do viajante.

Enfermeira colhe amostra para exame de Covid em um homem que acabava de desembarcar no Aeroporto Internacional de Ben Gurion, em Tel Aviv - Ronen Zvulun - 13.abr.21/Reuters

Segundo informações do cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, brasileiros que desejam viajar para Israel estão agora sob o mesmo guarda-chuva de todos os estrangeiros: devem obter uma autorização especial de entrada da autoridade de imigração israelense, disponível no site do governo israelense (em inglês).

Também é preciso realizar um teste PCR para Covid 72 horas antes do embarque; ter tomado as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única; realizar outro teste ao desembarcar em Israel e, então, cumprir uma quarentena a ser determinada pelas autoridades locais —que pode chegar a sete dias.

No caso de cidadãos israelenses que vivem no Brasil (ou em qualquer outro país), a autorização especial não é necessária, mas todas as outras exigências continuam válidas. É preciso, ainda, preencher um formulário 24 horas antes da partida, disponível em outro site do governo. As informações estão detalhadas na página oficial para assuntos relacionados à pandemia.

A medida de proibição vinha sendo adotada como uma política sanitária do governo de Israel devido à alta do número de casos de Covid-19 nessas nações e da proliferação de novas variantes do coronavírus. O país enfrenta uma quarta onda da pandemia, em razão da variante delta.

Com média semanal de casos diários em torno de 480, Israel tem 64% da população com esquema vacinal completo, segundo dados da plataforma Our World in Data. Em agosto, o país passou a aplicar a terceira dose do imunizante da Pfizer em maiores de 12 anos.

As restrições impostas pelo país incomodavam brasileiros residentes em Israel, insatisfeitos com a impossibilidade de visitarem parentes no Brasil. O grupo pressionava os ministérios da Saúde, do Interior e da Migração para que revogassem a proibição.

Segundo informações da rede francesa RFI, o grupo chegou a fazer um abaixo-assinado, com mais de 2.000 assinaturas. Um dos argumentos era o de que a proibição do contato com os familiares por tanto tempo trazia consequências para a saúde mental, especialmente dos mais velhos.

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