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Nova York volta a decretar estado de emergência com piora da Covid-19

Aumento de casos e internações não era visto desde abril de 2020; variante ômicron ainda não foi detectada

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Nova York | Reuters

No mesmo dia em que o mundo voltou a se fechar e a impor restrições de voos e viagens contra a ômicron, nova variante do coronavírus, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, decretou "emergência por desastre" no estado americano, citando a alta de contaminações e internações pela doença.

Na ordem executiva assinada, o governo diz que o estado passa por uma situação que não era vista desde abril de 2020 e que, no último mês, os hospitais receberam mais de 300 internações por dia.

Foto mostra a governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul paramentada com equipamentos de proteção enquanto visita uma obra
Governadora do Estado de Nova York, Kathy Hochul - Spencer Platt/AFP

O decreto, válido até 15 de janeiro, permite ao estado o adiamento de cirurgias e procedimentos médicos não essenciais, além de compras e contratação de serviços sem licitação.

Além dos números crescentes de contaminações e internações, a situação também considera a ameaça da variante ômicron, descoberta recentemente na África do Sul e classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como "variante de preocupação".

"Continuamos a ver sinais de alerta de picos no Covid-19 neste inverno e, embora a nova variante ômicron ainda não tenha sido detectada em Nova York, ela está chegando", escreveu Hochul no Twitter. "Clamo aos nova-iorquinos para tirarem proveito de nossa maior arma nesta pandemia: a vacina. Vacine-se e receba a dose de reforço assim que puder."

De acordo com o monitoramento feito pela Universidade Johns Hopkins, Nova York registra 67,7% da população totalmente vacinada. Só no último mês, o estado confirmou 162.618 novos casos de Covid-19 —no acumulado desde o início da pandemia são mais de 2,7 milhões de infecções.

A cidade de Nova York, considerada o epicentro da pandemia em 2020, oficializou o fim das restrições impostas ao combate à pandemia em julho deste ano. O anúncio feito pelo então prefeito Bill de Blasio sinalizava a reabertura da cidade e a liberação de funcionamento para o comércio e eventos.

Nos últimos dias, com a escalada da variante ômicron e a 4ª onda que chega à Europa, novas medidas de contenção têm surgido. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, impôs restrições a voos e viajantes de oito países do continente africano: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia, Zimbábue e Maláui. As suspensões valem a partir de segunda-feira (29). A União Europeia também impôes restrições à voos destes países, com exceção do Maláui.

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