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Chefe do Exército da Índia e mais 12 pessoas morrem em queda de helicóptero

Aeronave levava 14 passageiros, dos quais apenas um sobreviveu; causas estão sendo investigadas

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Nova Déli | AFP e Reuters

O general Bipin Rawat, chefe das Forças Armadas da Índia, e outras 12 pessoas morreram nesta quarta-feira (8) em uma queda de helicóptero no sul do país.

Segundo comunicado da Força Aérea indiana e relatos da imprensa local, as vítimas haviam partido de uma base em Coimbatore para participar de uma cerimônia em um colégio militar em Wellington.

Cerca de 30 minutos após a decolagem, no entanto, o helicóptero Mi-17V5, de fabricação russa, caiu em uma região de selva perto da cidade de Coonoor, no estado de Tamil Nadu.

Bombeiros e equipes de resgate trabalham na encosta onde o helicóptero que transportava o chefe das Forças Armadas caiu, em Coonoor, no estado de Tamil Nadu, na Índia
Bombeiros e equipes de resgate trabalham na encosta onde o helicóptero que transportava o chefe das Forças Armadas caiu, em Coonoor, no estado de Tamil Nadu, na Índia - AFP

Imagens de TVs locais mostraram equipes de resgate e militares retirando corpos dos destroços em encostas íngremes. Havia 14 pessoas a bordo, incluindo a esposa do general, Madhulika Rawat, que também morreu. Houve apenas um sobrevivente, identificado pela imprensa como o capitão Varun Singh. Ele foi resgatado com queimaduras em 80% do corpo e recebe cuidados em um hospital da região.

Fontes do governo disseram à agência de notícias Reuters que os corpos de algumas das vítimas estavam tão carbonizados que não puderam ser identificados imediatamente.

Rawat, 63, foi um soldado de infantaria com mais de 40 anos de serviço militar. Serviu na fronteira com a China, na região da Caxemira, palco de disputas históricas com o Paquistão, e em uma missão das Nações Unidas no continente africano. Também lutou contra grupos separatistas no nordeste da Índia e supervisionou uma operação de contrainsurgência em Mianmar.

Assumiu o comando do Exército no final de 2016, até ser nomeado chefe do Estado-Maior de Defesa da Índia pelo governo do primeiro-ministro Narendra Modi, em 2019. O cargo foi criado para integrar o Exército às outras Forças Armadas do país, a Marinha e a Aeronáutica.

Em uma série de publicações no Twitter, Modi disse que está profundamente angustiado com a morte de Rawat, a quem descreveu como "um soldado notável" e "um verdadeiro patriota".

"Ele contribuiu muito para modernizar nossas Forças Armadas e aparatos de segurança. Suas percepções e perspectivas sobre questões estratégicas eram excepcionais", escreveu o premiê.

O ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, também se manifestou nas redes sociais e se referiu à morte de Rawat como "uma perda irreparável para as Forças Armadas e para o país".

Segundo a TV estatal indiana, Modi convocou uma reunião do comitê de segurança do gabinete para esta quarta-feira. Ainda não se sabe o que exatamente provocou a queda do helicóptero, mas a Força Aérea instaurou um inquérito para apurar as possíveis causas da tragédia.

O país tem dezenas de aeronaves Mi-17 em serviço. Esse modelo é utilizado desde os anos 1970 por diversos países e, na Índia, costuma ser um dos principais meios de transporte para funcionários do alto escalão das Forças Armadas e ministros do governo.

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