Reféns são libertados de sinagoga no Texas, polícia diz que suspeito foi morto

Autoridades mantiveram negociações por cerca de 10 horas; não há registro de feridos

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Florianópolis

Todos os reféns que eram mantidos em uma sinagoga no Texas foram libertados no sábado (15), segundo o governador do Texas, Greg Abbott. A autoridade escreveu em suas redes sociais: "As orações foram respondidas. Todos os reféns estão sãos e salvos".

Após cerca de 10 horas de negociações, as três pessoas que ainda eram mantidas como reféns foram libertadas.

Segundo a agência France Press, a polícia informou que o homem que manteve os prisioneiros foi morto depois que os reféns foram libertados. "A equipe de resgate de reféns invadiu a sinagoga", disse o chefe de polícia de Colleyville, Michael Miller.

Autoridades dos EUA negociaram com um homem armado que fez reféns em uma sinagoga de Colleyville, no Texas, durante uma celebração neste sábado (15), que era transmitida ao vivo. Segundo a ABC News, o suspeito disse ter bombas em vários locais, sem revelar quais.

Um dos reféns foi libertado, sem ferimentos, após seis horas de negociação, realizada por agentes do FBI, a polícia federal americana. Segundo ABC News, os reféns seriam o rabino da congregação e três outras pessoas.

Equipe da Swat em operação próximo à sinagoga Beth Israel, em Colleyville, no Texas
Equipe da Swat em operação próximo à sinagoga Beth Israel, em Colleyville, no Texas - Andy Jacobsohn/AFP

Em comunicado mais cedo, a Polícia de Colleyville confirmou que havia um suspeito e mais pessoas dentro do local e que não há registro de feridos, mas a operação seguia em curso. Eles se dirigiram ao local às 10h41 (13h41 em Brasília), deslocando uma equipe da Swat para o quarteirão onde a Congregação Beth Israel está localizada. Moradores foram retirados da região.

Inicialmente, havia o relato de que o homem estaria armado, mas a polícia não confirmou que tipo de armamento, se há algum, ele carregava.

Acredita-se que a motivação tenha ligação com o caso da neurocientista paquistanesa Aafia Siddiqui, que cumpre uma pena de 86 anos em uma prisão nos EUA após ser condenada, em 2010, por atirar em soldados e agentes do FBI. Ele pediria sua liberdade.

Um funcionário do governo americano a par da situação, segundo a ABC News, chegou a identificar o suspeito como o irmão da paquistanesa, Muhammad Siddiqui, por se referir a ela como irmã, o que pode ter sido feito figurativamente. Segundo o jornal Times of Israel, Siddiqui disse, por meio de seu advogado, ter ficado infeliz por ter sido ligado ao caso.

O homem pode ser ouvido no que parecia ser um telefonema durante uma transmissão ao vivo da celebração. Antes de a live ser encerrada, às 15h no horário local (18h em Brasília), era possível ouvir o suspeito falando sobre religião e sua irmã, divulgou o Fort Worth Star-Telegram. Ele dizia repetidamente não querer ver ninguém ferido e acreditar que iria morrer.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, publicou no Twitter que o presidente Joe Biden já foi informado sobre a situação com os reféns na região de Dallas. "Ele continuará a receber atualizações de sua equipe com o desenrolar da situação", escreveu. "Altos integrantes da equipe de segurança nacional estão em contato com as forças de segurança federais."

Também acompanham a situação o premiê de Israel, Naftali Bennett, o embaixador dos EUA no país, Tom Nides, e o governador do Texas, Greg Abbott, que se limitou a dizer que o Departamento de Segurança Pública está no local, trabalhando com as equipes local e federal.

Barry Klompus, 63, membro da congregação desde sua abertura em 1999, disse à agência de notícias Reuters ter sido alertado sobre a situação por outro integrante e rapidamente acessou a transmissão. "Foi horrível assistir e ouvir e é muito mais terrível não saber [o que acontece]."

Klompus relatou não saber de já ter havido alguma ameaça significativa à congregação. "Não temos um segurança na equipe, mas temos o que eu diria ser uma relação muito boa com a polícia local."

O presidente da União para a Reforma do Judaísmo, Rick Jacobs, escreveu no Twitter que a entidade estava "muito agradecida pelas forças policiais que estão trabalhando para libertar os reféns".

Com Reuters e AFP

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