Descrição de chapéu Coronavírus

Mundo registra maior média móvel de mortes por Covid dos últimos 4 meses

Cifras diárias de novos casos batem recordes consecutivos desde dezembro, com avanço da variante ômicron

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Guarulhos

Com os casos de coronavírus em alta em diferentes países, entre os quais o Brasil, além de sistemas de saúde novamente saturados, o mundo registrou nesta segunda-feira (24) a maior média móvel de mortes por Covid dos últimos quatro meses. Foram 8.209 óbitos, com base na média dos sete dias anteriores.

A cifra é a maior desde 24 de setembro, quando a média móvel de mortes foi de 8.358, de acordo com dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford. O recorde global de óbitos desde o início da crise sanitária foi registrado há um ano, em 26 de janeiro de 2021, quando a média era de 14.704 por dia.

Equipe de saúde em um hospital de Haifa, cidade portuária de Israel - Jack Guez - 11.out.2020/AFP

A situação difere de acordo com a região. A América do Norte, por exemplo, é a atual líder na média móvel de mortes por milhão de habitantes, tendo registrado 4,1 no domingo (23). Depois, estão Europa (3,9), América do Sul (2), África (0,26) e Ásia (0,27). No mundo, a média diária por milhão de pessoas está em 1.

Os números de óbitos foram contidos nos últimos meses em razão do avanço das campanhas de vacinação, ainda que a transmissão da variante ômicron tenha levado à explosão de infecções. As médias diárias de novos casos da doença apresentam recordes consecutivos desde dezembro.

A média móvel global de novas contaminações nesta segunda foi de 3,41 milhões, cifra muito superior à de 500 mil novos casos que vinha sendo registrada ao longo de novembro, por exemplo, quando a transmissão comunitária da ômicron ainda não havia chegado à maioria dos países.

O cenário tem levado autoridades a reintroduzirem medidas sanitárias, como o uso de máscaras e o distanciamento social, ou mesmo à implementação de novas regras, como a obrigatoriedade da imunização. A necessidade de campanhas robustas de doses de reforço também ganhou tração.

Em Israel, um painel consultivo do governo recomendou nesta terça (25) que a quarta dose da vacina contra a Covid seja oferecida a todos os adultos, desde que a terceira dose tenha sido aplicada há pelo menos cinco meses. A dose já é oferecida para maiores de 60 anos e profissionais de saúde, e a medida, caso aprovada pelo governo, deverá ampliar significativamente a elegibilidade do imunizante.

Com 2,4 milhões de casos e 8.500 mortes somadas desde o início da crise sanitária, Israel tem 65% da população com as duas doses iniciais da vacina, cifra superior à média global, atualmente em torno de 52%, de acordo com os dados do Our World in Data.

A reintrodução das medidas também gerou crises em alguns países, como o Reino Unido, onde o premiê Boris Johnson, cujo governo é investigado por ter realizado festas durante períodos de lockdown, sofreu oposição ao retomar restrições. Com 15,9 milhões de casos, o país é um dos mais afetados pela ômicron.

Além de hospitais desfalcados devido a altas cifras de profissionais infectados, autoridades britânicas começam a observar os impactos no sistema de educação. Os últimos números de frequência do Departamento de Educação mostram que mais de 5% dos alunos de escolas estaduais na Inglaterra estavam ausentes por motivos relacionados à Covid, o que representa 374 mil estudantes.

Os números projetam ainda que 9% dos professores estavam de folga, sendo metade devido à doença, de acordo com informações publicadas pelo jornal britânico The Guardian nesta terça.

No mundo, 52% da população já recebeu as duas doses da vacina contra a Covid. A média global está acima dessa taxa na América do Sul (66,6%), na Europa (62,8%), na Ásia (60,2%) e na América do Norte (59,8%). Na África, porém, a imunização avança a passos lentos. Somente 10,4% da população africana está com esquema vacinal completo, mostra o monitoramento da Universidade de Oxford.

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