Embaixada na Ucrânia pede para brasileiros deixarem regiões separatistas

Itamaraty faz alerta para Lugansk e Donetsk, foco de tensão no conflito com a Rússia

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São Paulo

A embaixada brasileira na Ucrânia emitiu neste sábado (19) um alerta orientando cidadãos a deixarem as províncias de Lugansk e Donetsk, no leste do país, tendo em vista o aumento das tensões na região, foco da crise envolvendo a Rússia e o Ocidente.

As duas províncias, autoproclamadas "repúblicas populares", já haviam iniciado a retirada de mulheres, idosos e crianças e neste sábado decretaram a mobilização militar de todos os homens em idade de pegar em armas. Dirigentes locais acusam Kiev de preparar uma invasão.

Durante a madrugada e manhã locais (ainda noite de sexta e madrugada no Brasil), houve relatos de explosões ao norte de Donetsk e informações de troca de fogo. Os ucranianos acusaram a morte de dois soldados e um ataque com um projétil perto do local onde estava o ministro do Interior.

A representação diplomática brasileira relatou, em seu alerta, "o aumento das violações de cessar-fogo registradas na linha de contato no leste da Ucrânia". A recomendação dada pelo órgão é de que brasileiros no país "redobrem a atenção e evitem visitas" ao local.

"Aconselha-se aos cidadãos que já estejam nessas regiões que considerem deixá-las sem demora. Os cidadãos brasileiros na Ucrânia devem ainda estar atentos à possibilidade de novos cancelamentos ou adiamento de voos internacionais na próxima semana", diz a nota.

Também neste sábado, França e Alemanha orientaram cidadãos a deixarem a Ucrânia imediatamente. "Os cidadãos alemães são instados a deixar o país agora", escreveu o Ministério das Relações Exteriores, em comunicado. "Um confronto militar é possível a qualquer momento."

O governo francês pediu uma saída "sem demora", especialmente para os cidadãos que se encontrem nas áreas mais expostas da Ucrânia. Outros países, incluindo o Reino Unido e os EUA, também já haviam dado a mesma orientação a seus nacionais em território ucraniano.

A companhia aérea Lufthansa anunciou que suspenderá os voos regulares para as cidades de Kiev e Odessa desta segunda-feira (21) até o fim de fevereiro. Apenas a cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, permanecerá na rota da empresa.

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