Foco é tirar brasileiros da Ucrânia o mais rápido possível, diz ministro da Casa Civil

Itamaraty estima que haja cerca de 500 brasileiros no país, que é alvo de ataques da Rússia

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Brasília

O ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) afirma que a prioridade do governo federal é viabilizar a saída dos brasileiros que estão na Ucrânia, alvo de ataques da Rússia desde a madrugada desta quinta-feira (24).

cerca de 500 brasileiros no país, segundo o Itamaraty. "Nosso foco é proteger os brasileiros e tirá-los de lá o mais rápido possível", disse à Folha Ciro Nogueira.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente Jair Bolsonaro em cerimônia em Brasília - Pedro Ladeira - 22.fev.22/Folhapress

Por ora, a recomendação do ministério é para que sigam orientações da embaixada e, no caso de residentes no leste ucraniano, para que se desloquem a Kiev quando houver segurança.

Integrantes do governo têm defendido que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantenha neutro e evite fazer comentários a respeito da guerra. O chefe do Executivo esteve na semana passada com o mandatário russo, Vladimir Putin. Nesta quinta, ignorou a invasão ao falar com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada e nas redes sociais.

A embaixada da Ucrânia no Brasil cobrou o governo brasileiro nesta quinta que condenasse o que chamou de "agressão russa".

Após quatro meses de crise com o Ocidente, a Rússia decidiu atacar a Ucrânia nesta quinta-feira, naquilo que Kiev e a Otan (aliança militar ocidental) chamaram de invasão total.

É a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e a maior operação do gênero desde que os Estados Unidos invadiram o Iraque, em 2003.

Como mostrou a Folha, a escalada de tensões na Ucrânia —que culminou com a decisão do líder russo Vladimir Putin de invadir o país— tem forçado o Itamaraty a promover um malabarismo retórico para mostrar, ao mesmo tempo, oposição a uma violação do direito internacional por Moscou sem apontar o dedo diretamente contra a Rússia.

Os russos são considerados parceiros estratégicos e são sócios do Brasil no Brics (grupo também formado por Índia, China e África do Sul).

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