Descrição de chapéu Guerra na Ucrânia Rússia

Lula lamenta ataque da Rússia à Ucrânia e cobra representatividade da ONU

Ex-presidente afirmou que conflito deveria ter sido resolvido em mesa de negociação

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a decisão da Rússia de atacar a Ucrânia. Em entrevista na manhã desta quinta (24), o petista afirmou que trata-se de uma questão delicada, complicada e que deve ser repudiada.

"É lamentável que na segunda década do século 21 a gente tenha países tentando resolver suas divergências, sejam territoriais, políticas, ou comerciais, através de bombas, tiros e ataques, quando deveria ter sido resolvido em uma mesa de negociação", afirmou o petista em entrevista na manhã desta quinta (24) .

O ex-presidente Lula (PT)
O ex-presidente Lula (PT) - Amanda Perobelli-17.dez.2021/Reuters

​​"Ninguém pode concordar com a guerra, ataques militares de um país sobre o outro. A gente está acostumado a ver que as potências de vez em quando fazem isso sem pedir licença. Foi assim que os EUA invadiram o Afeganistão, o Iraque, sem pedir licença para ninguém. Foi assim que a França e a Inglaterra invadiram a Líbia. E é assim que a Rússia está fazendo com a Ucrânia", disse.

Lula também disse que o conflito poderia ter sido evitado se a "ONU tivesse mais representatividade e força" e que ela não deve ser uma "instituição decorativa". Ele afirmou ainda que é preciso chamar mais países para participar do Conselho de Segurança da entidade.

"O Brasil precisa contribuir com intervenções duras para que a gente tente mudar a representatividade das Nações Unidas e tirar a ONU de ser uma coisa decorativa. É isso que acho que precisamos fazer."

Lula também alfinetou o presidente Jair Bolsonaro (PL), que se reuniu com Putin neste mês. No encontro, Bolsonaro afirmou que "somos solidários à Rússia".

"Parece até uma piada, o Bolsonaro foi lá dizer que ia resolver a paz e agora acho que é importante mandar ele lá pra Ucrânia para ver se ele consegue resolver o problema lá. Como ele adora contar mentira, adora fazer fake news ele foi lá e tentou passar para a sociedade que estava lá em uma missão. Até hoje a gente não sabe o que ele foi fazer lá", disse.

O atual mandatário não se pronunciou sobre o conflito até a publicação deste texto.

O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) também se pronunciou sobre o conflito as redes sociais. Ele afirmou que "não existe mais guerra distante e de consequências limitadas" e atacou o governo Bolsonaro. "Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido", disse.

"A sociedade e outros poderes precisam estar alertas para fiscalizar um executivo com políticas interna e externa cheias de equívocos e desvarios. O desequilíbrio na ordem internacional pode gerar efeitos de um outro tipo de pandemia, em especial neste Brasil hoje tão vulnerável", escreveu Ciro.

Outros presidenciáveis brasileiros também se pronunciaram a respeito do conflito. O ex-juiz Sergio Moro (Podemos), em breve mensagem publicada na manhã desta quinta-feira (24) em suas redes sociais, repudiou a ofensiva militar russa em território ucraniano.

A pré-candidata à Presidência e senadora Simone Tebet (MDB) destacou em suas redes sociais os impactos econômicos do conflito, como a queda das Bolsas de Valores e alta no preço do petróleo. Ela também afirmou que o governo brasileiro deve prestar assistência imediata aos brasileiros na Ucrânia.

Por fim, a senadora destacou a importância do governo brasileiro reforçar que o Brasil trabalha por uma solução "de paz, através do diálogo e da diplomacia" para o conflito.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.