Descrição de chapéu Coronavírus

Rainha Elizabeth cancela compromisso virtual por ter sintomas de Covid-19

Palácio afirma que monarca de 95 anos tem sinais leves de resfriado; diagnóstico foi anunciado no domingo

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Londres | Reuters

A rainha Elizabeth 2ª, 95, cancelou sua participação em um compromisso virtual planejado para esta terça-feira (22) porque ainda está com sintomas leves de resfriado após ter recebido o diagnóstico de Covid-19 no último domingo (19), informou um porta-voz do Palácio de Buckingham.

Ao anunciar o resultado positivo do teste para a doença, o palácio afirmou que ela deveria continuar com compromissos leves, uma indicação de que a chefe da monarquia não estava seriamente doente.

A rainha Elizabeth 2ª em audiência com militares no Castelo de Windsor no dia 16 - Steve Parsons - 16.fev.22/AFP

Elizabeth enviou uma mensagem de condolências ao Brasil na segunda-feira, dizendo-se profundamente triste com as recentes inundações fatais em Petrópolis (RJ).

Ela planejava prosseguir com outras audiências diplomáticas virtuais agendadas com embaixadores estrangeiros, mas nesta terça o palácio anunciou que ela decidirá mais perto da hora se prosseguirá com outros compromissos desta semana, entre elas sua conversa semanal com o primeiro-ministro Boris Johnson nesta quarta (23).

O premiê recentemente anunciou que vai retirar todas as restrições ainda em vigor para conter a Covid-19 na Inglaterra. De acordo com as novas normas, a partir de quinta (24), as pessoas contaminadas pelo vírus não serão mais obrigadas a se isolar.

Até lá, seguem as normas vigentes: autoisolamento de cinco dias, podendo encerrá-lo caso se apresente dois testes negativos para a Covid realizados em dois dias consecutivos a partir do quinto dia dos sintomas. Se ao menos um deles tiver resultado positivo, é preciso estender o período de isolamento para 10 dias.

Enquanto anunciava o fim das restrições, Boris desejou melhoras à rainha e utilizou seu diagnóstico como "um lembrete de que esse vírus não desapareceu".

As notícias do diagnóstico aumentaram as preocupações sobre a saúde de Elizabeth duas semanas depois que ela completou 70 anos no trono britânico. Além da rainha, no início do mês, seu filho e sucessor no trono britânico, o príncipe Charles, 73, se infectou pela segunda vez. Dias depois, sua mulher, Camilla Parker-Bowles, 74, também anunciou que estava com coronavírus.

Acredita-se que a rainha já tenha recebido três doses de vacina contra a Covid —o Palácio confirmou oficialmente apenas a data da primeira injeção. Em 2020, o primeiro ano da pandemia, Elizabeth passou vários meses em isolamento. Em abril do ano passado, no funeral do marido, o príncipe Philip, sentou-se sozinha na cerimônia, devido às regras de distanciamento social. Mais recentemente, voltou a participar de eventos.

Na última semana, por exemplo, cumprimentou em reuniões virtuais no Palácio de Buckingham os embaixadores da Estônia e da Espanha. Na quarta-feira (16), recebeu dois militares e apareceu sorrindo e de bengala. "Como vocês podem ver, não consigo me locomover", disse em tom de brincadeira, apontando para a perna esquerda, sugerindo algum problema de mobilidade.

Espera-se que o estado de saúde da rainha melhore até o próximo mês. Ela tem um encontro marcado no dia 2 de março com com centenas de diplomatas em um evento que a família real promove anualmente. Ainda no ano passado, a chefe da família real britânica precisou cancelar vários compromissos devido a complicações físicas, entre eles a COP26, conferência sobre o clima que reuniu, em novembro, líderes mundiais em Glasgow, na Escócia.

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