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Invadida pela Rússia há 20 dias, a Ucrânia passava pela quinta onda da pandemia de coronavírus quando entrou em guerra. O combate à Covid-19, que já caminhava a passos lentos com uma das mais baixas coberturas vacinais da Europa, deu lugar a um novo drama humanitário, com uma população em fuga e hospitais destruídos.
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35% dos 44 milhões de habitantes estavam vacinados com duas doses até o início da guerra;
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o país acumulava 5 milhões de casos e 112.459 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins, dos EUA; os dados pararam de ser atualizados com o início do conflito
País que mais recebeu refugiados da Ucrânia até agora, a Polônia vacinou 59% de sua população com duas doses, como conta a repórter Mayara Paixão.
História de quem foge: Uma criança sai da Ucrânia e se torna refugiada a cada segundo, aponta o Unicef.
Em 20 dias, cerca de 1,4 milhão de crianças se viram obrigadas a fugir do país —ao todo mais de 3 milhões de pessoas saíram da Ucrânia após a invasão, segundo a ONU.
E quem fica: O repórter André Liohn, enviado especial à Ucrânia, acompanhou o resgate e o desespero de moradores de um prédio atingido em um bombardeio em Kiev, na segunda. Crianças choravam e uma idosa implorava pela busca de seus parentes.
Não se perca
O correspondente contou como é conviver com bombardeios e circular pelo país em guerra neste episódio do podcast Café da Manhã.
Além da pandemia, a guerra da Ucrânia ocorre paralelamente a outras crises e conflitos pelo mundo. O repórter Guilherme Botacini explica como está a situação de cinco países (veja outros na reportagem completa):
Afeganistão
Sete meses depois da tomada do poder pelo Talibã e da retirada das tropas norte-americanas, o país vive uma crise econômica e social, com mais de metade da população dependente de ajuda para necessidades básicas, como moradia e comida
Haiti
A nação mais pobre da América Latina passa por uma espiral de crises desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em julho do ano passado. A população vive nas mãos de gangues, e 43% dependem de assistência
Iêmen
A crise humanitária mais grave do mundo, segundo a ONU, é causada por uma guerra iniciada há sete anos que envolve a disputa de poder entre um grupo apoiado por Irã e Iraque e uma coalizão liderada pela Arábia Saudita. Cerca de 70% dos 30 milhões de habitantes precisam de ajuda básica
Palestina
A região voltou ao noticiário durante os 11 dias de ataques entre Israel e Hamas em 2021. Hoje vive uma "calma frágil", nas palavras do coordenador da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland
Síria
Depois de 11 anos de confronto, o país segue dividido entre áreas ocupadas pelo governo de Bashar Al-Assad (apoiado por Putin) e pelas Forças Democráticas Sírias. O ano de 2021 teve a cifra mais baixa de mortes desde o início da guerra: 3.882 pessoas
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