Polônia já recebeu mais de 1 milhão de refugiados da Ucrânia em meio à guerra

País é principal destino dos mais de 1,5 mi que já fugiram do conflito iniciado pelo governo de Vladimir Putin há 11 dias

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Varsóvia | AFP

Principal destino daqueles que fogem da guerra na Ucrânia, iniciada há 11 dias, a Polônia já recebeu mais de 1 milhão de refugiados ucranianos. A cifra foi divulgada na noite deste domingo (6) pelo serviço polonês de fronteiras nas redes sociais.

Desde que a invasão russa teve início, autoridades polonesas facilitaram as normas da fronteira e organizaram centros de acolhida a cidadãos ucranianos. Há ainda manifestações individuais de solidariedade, com civis oferecendo suas casas para abrigar os refugiados e distribuindo comida e roupas.

Família se reencontra na cidade de Medika, na fronteira da Polônia com a Ucrânia, após fugir da guerra - Louisa Gouliamaki - 6.mar.22/AFP

"Trata-se de um milhão de tragédias humanas, um milhão de pessoas expulsas de suas casas pela guerra", diz o comunicado do serviço de fronteira. "Um milhão de pessoas que escutaram os guardas da fronteira polonesa dizerem: agora vocês estão seguros."

As últimas estimativas do Acnur, agência das Nações Unidas para refugiados, mostram que ao menos 1,5 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início da guerra. Países da vizinhança, principalmente Polônia e Romênia, são os principais destinos dos refugiados. Eslováquia, Hungria e Moldova também estão entre os locais para os quais vão os que fogem do conflito, que já deixou mais de 360 vítimas civis.

Em estações de grandes cidades polonesas, como a capital Varsóvia, além de Cracóvia e Breslávia, dezenas de voluntários esperam os refugiados para informá-los sobre as possibilidades de hospedagem e outras formas de assistência oferecidas pelo governo.

Muitas escolas abriram suas portas para as crianças ucranianas —a maior parte dos refugiados é formada por menores de idade e mulheres, já que homens maiores de 18 não podem abandonar o país.

A onda de ucranianos que busca refúgio assiste a uma postura de Varsóvia distinta da adotada em outras ocasiões, como, por exemplo, quando uma onda de refugiados vindos da Belarus e impulsionada pelo ditador Aleksandr Lukachenko estacionou na fronteira com a Ucrânia.

Diante dessa crise, a Polônia fechou a fronteira para os imigrantes. Desta vez, tanto o premiê conservador Mateusz Morawiecki quanto o presidente Andrzej Duda têm apoiado a vinda de ucranianos.

O primeiro publicou na última semana uma foto na fronteira com a Ucrânia com a seguinte legenda: "A Polônia é um porto seguro a quem busca proteção contra a agressão russa. Os poloneses abriram suas portas e seus corações, mostrando solidariedade com crianças ucranianas, mães e famílias inteiras."

O segundo, por sua vez, também fez publicação semelhante, em que dizia ter visitado um centro de acolhida de refugiados. Na legenda, direcionava uma mensagem ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski: "Diga aos seus meninos que eles podem lutar com calma, seus parentes estão seguros".​

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