A República de San Marino, um enclave no território italiano, elegeu na sexta-feira (1º) o primeiro chefe de Estado abertamente homossexual do mundo, um fato que ativistas classificaram como histórico.
Paolo Rondelli é um dos dois capitães regentes, eleitos por voto indireto, que vão presidir o micro-Estado de 34 mil habitantes durante os próximos seis meses, conforme a tradição. No Facebook, Rondelli afirmou que provavelmente será "o primeiro chefe de Estado do mundo pertencente à comunidade LGBTQIA+".
Marco Tonti, chefe da associação Arcigay na Emilia Romagna, a região italiana em que San Marino está localizada, saudou "um acontecimento histórico".
"É o primeiro chefe de Estado abertamente homossexual e ativista dos direitos da comunidade LGBTQIA+", afirmou. "Há precedentes entre os chefes de governo e ministros, mas é inédito no mundo para um chefe de Estado."
De fato, vários governos são ou foram dirigidos por personalidades abertamente homossexuais, entre as quais Xavier Bettel, premiê de Luxemburgo desde 2013, e a islandesa Johanna Sigurdardottir (2009-2013).
Políticos italianos, como a ministra da Justiça, Marta Cartabia, e a senadora Monica Cirinnà, famosa na península pelo compromisso com os direitos da comunidade LGBTQIA+, participaram na sexta-feira da cerimônia de posse dos dois capitães regentes.
Rondelli é "um homem de imensa cultura e grande experiência diplomática e política. Lutou pelos direitos das mulheres e das pessoas LGBTQIA+, não só em San Marino", escreveu Cirinnà no Facebook.
"É um dia histórico que me enche de alegria e orgulho, porque Rondelli será, a partir de hoje e durante os próximos seis meses, o primeiro chefe de Estado do mundo pertencente à comunidade LGBTQIA+."
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