Descrição de chapéu twitter

Trump diz que não volta para Twitter após Elon Musk comprar rede social

Ex-presidente dos EUA teve conta suspensa após invasão do Capitólio, mas fala em permanecer em sua própria plataforma

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Washington | Reuters

O ex-presidente dos EUA Donald Trump disse nesta segunda-feira (25) que não retornará ao Twitter mesmo que sua conta seja reativada, após a plataforma ter sido comprada pelo bilionário Elon Musk.

Em entrevista à emissora americana Fox News, o republicano afirmou que irá integrar formalmente sua própria rede social, a Truth Social, na próxima semana, como estava planejado. "Não vou para o Twitter, vou ficar no Truth", disse. "Espero que Elon compre o Twitter porque ele vai fazer melhorias e é um bom homem."

O ex-presidente dos EUA Donald Trump participa de comício em Ohio, nos EUA
O ex-presidente dos EUA Donald Trump participa de comício em Ohio, nos EUA - Gaelen Morse - 23.abr.22/Reuters

O bilionário já deu declarações de que acredita que o Twitter deveria ser uma plataforma para a liberdade de expressão. Após o anúncio da compra, funcionários perguntaram ao atual presidente da empresa, Parag Agrawal, sobre o futuro da conta de Trump. "Assim que o acordo for fechado, não sabemos para que direção a plataforma irá", respondeu. "Acredito que, quando tivermos uma oportunidade de falar com Elon, é uma questão que devemos fazer a ele."

O Twitter baniu permanentemente a conta do ex-presidente no início de 2021, poucos dias após uma multidão insuflada por Trump invadir o Capitólio dos EUA durante a chancela da vitória de Joe Biden. À época, a empresa explicou que, depois de "uma análise detalhada das mensagens recentes da conta [de Trump] e do contexto em torno delas", a decisão pela suspensão foi tomada.

O Twitter Safety, que cuida da segurança da plataforma, justificou o banimento dizendo que a estrutura da rede social existe para permitir que usuários ouçam líderes mundiais diretamente, mas que "há anos deixamos claro que essas contas não estão acima de nossas regras". "Elas não podem usar o Twitter para incitar a violência."

Logo após a decisão, Trump publicou na conta oficial da Presidência americana que o Twitter estava "indo mais e mais longe em banir a liberdade de expressão" e criticou a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, que oferece às empresas imunidade sobre o conteúdo veiculado por usuários e as protege de ações judiciais.

Essa norma dá poder de moderação às empresas e estipula que elas não são responsáveis por comentários publicados em suas plataformas. As mensagens foram apagadas posteriormente pelo Twitter.

Já naquela época, o republicano levantou a possibilidade de criar uma própria plataforma de internet.

A suspensão no Twitter fez parte de um movimento de diversas plataformas, que também bloquearam, temporariamente ou não, as contas do ex-presidente. Com o ataque ao Capitólio, as redes sociais ficaram sob forte pressão devido ao seu papel na disseminação de notícias falsas e discursos de ódio.

Um relatório da Avaaz, organização global de defesa dos direitos humanos, por exemplo, apontou em março do ano passado que o Facebook permitiu a propagação de desinformação e de conteúdos que incitam a violência, tanto no período anterior à eleição presidencial nos EUA quanto depois do dia da votação.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.