Descrição de chapéu Coreia do Norte Coronavírus

Coreia do Norte confirma 1ª morte por Covid e diz que 190 mil estão em tratamento

Regime admitiu surto de coronavírus nesta quinta e falou em emergência nacional

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Seul | Reuters

Um dia após confirmar oficialmente os primeiros casos de Covid na Coreia do Norte desde o início da pandemia, o regime de Kim Jong-un apontou que ao menos uma morte devido à doença foi registrada.

A rede estatal KCNA noticiou, nas primeiras horas desta sexta (13), final da tarde de quinta (12) no Brasil, que uma "febre de origem não identificada" se espalhou pelo território desde o final de abril. Desde então, 350 mil pessoas já teriam apresentado sintomas. Ainda de acordo com a mídia do regime, 187,8 mil norte-coreanos estão recebendo tratamento para essa doença, em isolamento.

Kim Jong-un (ao centro) em reunião do Partido dos Trabalhadores em que se discutiu o surto de coronavírus no país - KCNA - 12.mai.22/KNS/AFP

Pelo menos seis pessoas que apresentaram sintomas de febre morreram. Em um desses casos foi confirmada a infecção pela variante ômicron do vírus, disse a KCNA.

Mais cedo nesta quinta a mídia estatal havia informado que as autoridades detectaram um surto ligado à subvariante BA.2 da cepa mais transmissível e responsável por grandes picos da doença em muitos países no começo deste ano. A ocorrência foi relatada após autoridades de saúde realizarem testes, no domingo (8), em pessoas de uma organização não identificada da capital que apresentaram febre.

A ditadura falou em um quadro de "grave emergência nacional" e, em reunião do alto escalão do Partido dos Trabalhadores para tratar do assunto, Kim pediu a todas as cidades e condados do país que bloqueiem suas áreas para ajudar a impedir a disseminação do vírus.

Ainda de acordo com a agência de notícias norte-coreana, ele pediu unidade nacional durante o período de emergência, dizendo à população que "o medo sem base científica, a falta de fé e a falta de vontade" constituiriam "inimigos mais perigosos" do que o vírus.

​O país, que carece de recursos médicos, recusou ajuda internacional ao longo da pandemia e manteve suas fronteiras fechadas. Nesta quinta, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, anunciou que o governo de Joe Biden não tem planos de compartilhar imunizantes contra a Covid com Pyongyang.

Os EUA condenaram os disparos de mísseis realizados pelo regime nesta quinta, ainda que tenham apontado que os lançamentos não representam risco à segurança americana. Psaki afirmou que o país acredita que os norte-coreanos estejam preparando um teste nuclear antes da viagem de Biden à Ásia no final deste mês. Segundo ela, o presidente americano estuda visitar a zona desmilitarizada na península coreana, mas ainda não tomou uma decisão a respeito.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.