Um carro atingiu pedestres na manhã desta quarta-feira (8) no centro de Berlim, capital da Alemanha, matando uma pessoa e ferindo ao menos 12, informaram a polícia e os bombeiros.
O atropelamento ocorreu perto da Igreja Memorial Imperador Guilherme, monumento emblemático localizado na parte ocidental da cidade, em uma das zonas comerciais mais visitadas da região, a Kurfürstendamm. Durante a Segunda Guerra Mundial, o local foi alvo de bombardeios.
A polícia informou que oito pessoas estão em estado grave e que há crianças em idade escolar entre os feridos. Uma professora, que estava no local acompanhada de alunos durante um passeio, foi morta.
O veículo capotou duas vezes em uma calçada e, na sequência, bateu em uma vitrine num bairro comercial próximo à estação de trem Zoo. O motorista, identificado como um homem armênio-alemão de 29 anos, dirigia um veículo Renault Clio e tentou fugir, mas foi contido até que a polícia chegasse por pessoas que assistiram ao atropelamento. Ele foi detido e recebe tratamento em um hospital.
O jornal alemão Bild inicialmente informou que uma carta de confissão foi encontrada no carro, sem dar mais detalhes. A polícia, no entanto, negou a versão e disse ter encontrado materiais ligados à Turquia —o país tem relações conturbadas com a Armênia, entre outros motivos por negar que tenha havido uma política de genocídio de armênios pelo antigo Império Otomano, que deu lugar à atual Turquia.
Uma investigação foi aberta para determinar se o atropelamento foi intencional —em entrevista coletiva, um porta-voz do Ministério do Interior disse que ainda é cedo para especular possíveis motivações. Nas redes sociais, a polícia, que deslocou ao menos 130 agentes para o local, pediu que testemunhas enviem fotos e informações do episódio.
O incidente ocorreu perto do local onde, em 2016, um caminhão atingiu um mercado de Natal lotado no centro de Berlim, deixando 12 mortos. À época, a organização terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, e o tunisiano Anis Amri, o principal suspeito de tê-lo realizado, foi morto pouco depois durante uma troca de tiros com a polícia na Itália, onde estava foragido.
Dois anos depois, em 2018, duas pessoas morreram após o motorista de um caminhão atropelar um grupo no centro de Münster, no noroeste do país. O motorista se suicidou com um tiro na cabine do veículo.
Mais recentemente, em 2020, cinco pessoas morreram depois de um alemão de 51 anos embriagado invadir uma área destinada a pedestres com seu SUV na cidade de Trier, no sudoeste da Alemanha. Autoridades disseram que o homem não era motivado por crenças políticas ou religiosas.
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