EUA têm 2 novos ataques a tiros em meio a pressão de Biden por controle de armas

Caso em igreja de Iowa deixa ao menos 2 mortos; ação em cemitério de Wisconsin tem relato de feridos

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Los Angeles | Reuters

Em meio à pressão cada vez maior do presidente Joe Biden para que os Estados Unidos discutam e aumentem o controle no acesso a armas, o país registrou dois novos ataques a tiros nesta quinta-feira (2). Os casos vêm um dia após uma ação em Tulsa, no estado de Oklahoma, deixar quatro mortos.

Segundo o jornal Des Moines Register, um ataque no estacionamento de uma igreja em Ames, em Iowa, deixou ao menos duas mulheres mortas. O atirador se matou na sequência, segundo a polícia, que disse acreditar que a ação foi isolada. O ataque ocorreu enquanto uma missa estava sendo realizada na igreja cristã Cornerstone. Não foram detalhadas as identidades das vítimas ou do homem que disparou.

Policiais em área próxima a igreja onde ocorreu ataque a tiros nesta quinta (2) em Ames - KCCI News no Twitter

Horas antes, em Racine, no estado de Wisconsin, a polícia local informou no Twitter que tiros foram ouvidos durante um velório no cemitério Graceland. A rede de TV TMJ4 News havia noticiado que ao menos cinco parentes do homem que estava sendo enterrado teriam sido atingidos, mas depois as forças de segurança esclareceram que foram apenas duas vítimas.

Uma mulher foi atendida num hospital local e liberada. Outra pessoa ficou ferida com mais gravidade e precisou ser transferida para um centro médico em Milwaukee. A polícia ainda não sabe quem é o suspeito, se haveria mais de um atirador nem as motivações. O prefeito Cory Mason determinou um toque de recolher, a partir das 23h, para o fim de semana. A medida atingirá qualquer pessoa maior de 18 anos.

Nesta quinta, Biden fez um discurso na Casa Branca no qual voltou a pressionar congressistas para que aprovem medidas mais rigorosas de controle ao acesso a armas. Disse apoiar esforços bipartidários e pediu que democratas e republicanos quebrem o que chamou de "anos de impasse ideológico".

Segundo ele, o país "não pode falhar de novo" com os americanos. "E se não podemos proibir armas de assalto, devemos aumentar a idade para comprá-las, de 18 para 21 anos", afirmou Biden. "Pelo amor de Deus, quanta matança estamos dispostos a aceitar?". O democrata disse ainda ser inconcebível a recusa da maioria dos senadores republicanos em votar normas mais rígidas para controle das armas de fogo.

O pronunciamento se deu em meio à retomada do debate sobre o lobby pró-armas no país e o controle no acesso a esses artefatos, trazido à tona após dois massacres recentes —numa escola no Texas e em um supermercado em Nova York. Nesta quarta, outro caso se somou a eles, em um hospital em Oklahoma.

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