EUA vão deportar brasileiro condenado por estupro de crianças em Minas Gerais

Homem teria entrado com visto de turista em 2018 no país, 4 anos após ser julgado no Brasil

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São Paulo

Os Estados Unidos prenderam no estado de Massachusetts um fugitivo da Justiça brasileira condenado a 14 anos de prisão por estupro de crianças.

Vagner Brito Paixão, 31, foi detido na cidade de Somerville no último dia 25 de maio, de acordo com um boletim do ICE (departamento de imigração e controle de alfândega dos EUA) divulgado nesta terça-feira (31).

Agente do ICE em aeroporto do Texas, nos EUA - Loren Elliott - 18.mai.19/Reuters

Segundo o texto, Paixão teria entrado nos EUA em março de 2018, via Nova York, com um visto de turismo e autorização para permanecer no país por seis meses. Em fevereiro de 2019, já depois de o prazo ter estourado, as autoridades americanas estenderam até 14 de março daquele ano a autorização de estadia, mas ele continuou no país depois disso. O Departamento de Estado por fim revogou o visto dele em junho de 2021.

De acordo com informações de um processo judicial de fevereiro de 2014, da comarca de São João do Paraíso (MG), o brasileiro foi condenado a 14 anos e 10 meses de prisão por praticar, 13 vezes, "conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos". Os EUA afirmam que havia um mandado de prisão contra ele, que teria ficado foragido desde então.

A Folha não conseguiu localizar Vagner Brito Paixão nem seus advogados.

O comunicado do ICE não explica como Paixão conseguiu entrar legalmente nos EUA em 2018, mesmo tendo sido condenado quatro anos antes.

"Predadores de crianças condenados como Brito Paixão não podem usar os EUA para se esconder e evitar cumprir pena de prisão", declarou o diretor interino do órgão responsável por deportações na cidade de Boston, LaDeon Francis, acrescentando que o brasileiro ainda representaria uma ameaça para a comunidade se não tivesse sido preso.

O governo americano afirma que ele ficará detido até ser deportado para o Brasil, onde será entregue às autoridades. Não foi definido um prazo para esse processo acontecer.

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