Líder republicano no Senado indica apoio a acordo por controle de armas nos EUA

Grupo bipartidário costurou texto depois de onda recente de ataques a tiros no país

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Washington | Reuters

O senador americano Mitch McConnell, líder do Partido Republicano no Senado, disse nesta terça-feira (14) que está confortável com as primeiras versões de um acordo bipartidário para um projeto de lei que propõe aumentar o controle no acesso a armas no país.

O político disse que poderia votar de forma favorável ao texto, desde que não sejam feitas mudanças substanciais até o trâmite oficial no Congresso. O acordo, anunciado no último domingo (12) por um grupo de dez democratas e dez republicanos, pode ser apresentado no começo da semana que vem.

Depois de iniciativas democratas falharem, o projeto bipartidário é uma tentativa de responder à pressão social, que incluiu manifestações do presidente Joe Biden, após uma série de massacres recentes.

O senador Mitch McConnell, líder do Partido Republicano, caminha no corredor do Capitólio - Anna Moneymaker/Getty Images/AFP

O texto precisa de ao menos 60 votos para ser aprovado, e o Senado americano hoje se divide entre 50 parlamentares de cada partido —ou seja, não pode haver defecções entre os democratas e ao menos dez republicanos têm de apoiá-lo.

Por isso, a manifestação de McConnell é vista como um importante impulso para a aprovação, refletido na declaração do senador Chris Murphy, que lidera os democratas no grupo, de que "o trabalho mais pesado está feito". Do outro lado, o republicano John Cornyn afirmou que as negociações para a redação final devem ser encerradas até o final desta semana.

McConnell já havia elogiado o que chamou de avanço nas discussões, sem se comprometer a apoiar o pacote de medidas, como fez nesta terça.

Pelo que já foi anunciado, o texto deve propor o aumento na rigidez da verificação de antecedentes para compradores de armas de fogo com menos de 21 anos, o incremento na repressão a casos em que pessoas com ficha limpa compram e repassam armas a terceiros que não poderiam obtê-las de modo legal, o apoio a ordens de intervenção estadual em crises e a distribuição de recursos para aumentar a segurança em escolas.

Biden afirmou no fim de semana que o projeto não resolve todas as questões que ele acha necessárias, mas "reflete passos importantes na direção certa". O presidente classificou as medidas, se aprovadas, como a mudança de legislação de controle de armas mais significativa em décadas.

A iniciativa foi acelerada depois de dois grandes massacres em ataques a tiros —em uma escola de ensino fundamental no Texas, com 21 mortos, incluindo 19 crianças, e em um supermercado em Nova York, com dez mortos após uma ação de motivação racista.

Desde o início do ano, a ONG Gun Violence Archive, que monitora as ocorrências com armas de fogo no país, registrou 260 ataques em massa, com 297 mortos e 1.122 feridos.

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